Aonde Eu Coloco As Minhas Dores, Doutor?

Este trabalho apresenta um estudo que analisa experiências de mulheres que têm esclerose múltipla.

Neste trabalho, apresento um estudo que analisa experiências de mulheres que têm esclerose múltipla.

Para isso, observei as influências sociais, geradas a partir do fechamento de um diagnóstico, que nomeia e distingue possíveis trajetórias pessoais ao ser marcado por destinos previsíveis do que pode ser considerado “trágico”, “fatal” e “limitante”, compactuantes a uma lógica capacitista e estigmatizadora.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e incurável, que acomete o sistema nervoso central (cérebro e medula espinal).

Seus diversos sintomas, muitas vezes imprecisos - como visão turva, fraqueza em um membro, alterações sensoriais, fadiga, etc - tornam-na uma doença de difícil identificação, o que em alguns momentos pode ser confundida como algo sem importância e passageiro. Afeta, em sua maioria, mulheres.

Dizer que se tem uma doença neurológica como a Esclerose Múltipla que provoca debilidades físicas com a sua progressão bem como gera impactos sociais visíveis e também latentes na vida dos indivíduos que a têm, vai muito além de se ter um diagnóstico prescrito em um laudo médico.

Por ter isso em vista, o presente estudo, de caráter reflexivo, teve a proposta de investigar a influência social da Esclerose Múltipla na vida de mulheres residentes em Belém-PA, analisando a partir das narrativas compartilhadas por elas os efeitos dos marcadores sociais da diferença que distinguem e singularizam essas mulheres, inicialmente pela busca do fechamento do diagnóstico, e no decorrer pelas situações que marcam suas trajetórias significativamente.

Mediante o diálogo ocorrido entre a pesquisadora que também tem Esclerose Múltipla e interlocutoras, a partilha das vivências, angústias, incômodos e dores subsidiaram transformações nas envolvidas enquanto sujeitas que conseguem reinscrever suas/nossas próprias histórias, tendo como um dos objetivos romper com o silenciamento imposto a elas socialmente, inclusive no meio acadêmico, especificamente nas áreas das Antropologia e Sociologia, onde resistem à invisibilidade.

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-imagine-branca/

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Para isso, observei as influências sociais, geradas a partir do fechamento de um diagnóstico, que nomeia e distingue possíveis trajetórias pessoais ao ser marcado por destinos previsíveis do que pode ser considerado “trágico”, “fatal” e “limitante”, compactuantes a uma lógica capacitista e estigmatizadora.

A esclerose múltipla é uma doença autoimune, crônica, inflamatória e incurável, que acomete o sistema nervoso central (cérebro e medula espinal).

Seus diversos sintomas, muitas vezes imprecisos – como visão turva, fraqueza em um membro, alterações sensoriais, fadiga, etc – tornam-na uma doença de difícil identificação, o que em alguns momentos pode ser confundida como algo sem importância e passageiro. Afeta, em sua maioria, mulheres.

Dizer que se tem uma doença neurológica como a Esclerose Múltipla que provoca debilidades físicas com a sua progressão bem como gera impactos sociais visíveis e também latentes na vida dos indivíduos que a têm, vai muito além de se ter um diagnóstico prescrito em um laudo médico.

Por ter isso em vista, o presente estudo, de caráter reflexivo, teve a proposta de investigar a influência social da Esclerose Múltipla na vida de mulheres residentes em Belém-PA, analisando a partir das narrativas compartilhadas por elas os efeitos dos marcadores sociais da diferença que distinguem e singularizam essas mulheres, inicialmente pela busca do fechamento do diagnóstico, e no decorrer pelas situações que marcam suas trajetórias significativamente.

Mediante o diálogo ocorrido entre a pesquisadora que também tem Esclerose Múltipla e interlocutoras, a partilha das vivências, angústias, incômodos e dores subsidiaram transformações nas envolvidas enquanto sujeitas que conseguem reinscrever suas/nossas próprias histórias, tendo como um dos objetivos romper com o silenciamento imposto a elas socialmente, inclusive no meio acadêmico, especificamente nas áreas das Antropologia e Sociologia, onde resistem à invisibilidade.

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