A seguinte obra aborda sobre o rock and roll e fenômenos que venham se contextualizar com essa temática, a exemplo do uso dos espaços pelos fãs e das formas de sociabilidades que são encontradas nesses espaços em que os eventos acontecem.
Aborda-se sobre os processos históricos deste estilo musical, elemento fundamental para sua compreensão, e também sobre o moshpit, performance corporal da plateia que está completamente associada à experiência de se participar de um evento de rock and roll.
Pesquisas de campo ocorreram na cidade de Goiânia, Goiás, e foram executadas narrativas de como acontecem os eventos e de como ocorre a performance do moshpit. O caminho metodológico utilizado foi dos estudos em performances culturais, que são coerentes com a temática abordada.
É possível concluir que o ambiente que vem à tona quando esses eventos são executados é repleto de liminaridades e de liberdade, e que todo esse contexto ético e estético de rock and roll, moshpit e performance vem de um conjunto de comportamentos restaurados e de um conhecimento incorporado por parte das pessoas que integram esse cenário e esses ambientes.
A territorialidade de sua proposta, que é a de colocar na cena do rock mundial a performatização no contexto goiano, a partir da opção da construção de uma performance rock and roll, no contexto da espacialidade cultural do cerrado, especificamente, do Centro Cultural Martim Cererê.
Ainda pouco se escreveu e se analisou sobre essa espacialidade cultural em Goiânia, Estado de Goiás, e menos ainda, sobre a performatividade produzida sobre o rock and roll nestas paragens.
Lucas Monteiro se jogou “moshiptianamente” nessa empreitada. E ao fazê-lo, nesta obra que hoje contemplamos, não só nos apresenta uma percepção da recepção do rock and roll pela juventude goiana, historicamente, mas percebe as peculiaridades de uma proposta estética intermidiática, como é a de expressão da corporeidade do Moshpit, da qual ele era partícipe e aqui se transforma em analista participante.