A Eclesiologia Conciliar Na América Latina: A Comunhão Gera A Missão

O presente trabalho monográfico tem por finalidade tratar do tema: a Eclesiologia conciliar e a sua recepção na América Latina: a comunhão gera a missão. A problemática que move essa pesquisa surge do fato de que o Concílio Vaticano II foi um Concílio eminentemente eclesiológico, evento de capital importância no que concerne à evolução da autoconsciência da Igreja.

Nesse sentido, surge a questão sobre como pode ser concebida atualmente a missão da Igreja, levando em consideração a Eclesiologia conciliar e a sua recepção na América Latina.
Nossa tese é que a renovação da Eclesiologia, iniciada no princípio do século XX, propicia uma nova visão de Igreja, agora unitária: o visível e o invisível, o humano e o divino, numa simultaneidade. “A Igreja é ao mesmo tempo imanente e transcendente.” Na Lumen Gentium vem demonstrada a importância da redescoberta do mistério da Igreja para a sua autocompreensão. A unidade entre o “mistério da Igreja” e o “povo de Deus”, supera uma visão fechada e estática da Igreja, fazendo aparecer seu caráter dinâmico, expresso na imagem do povo de Deus em marcha, em uma perspectiva escatológica.
O Sínodo de 1985 sublinha a Eclesiologia de comunhão como a ideia eclesiológica chave do Concílio (cf. Relatio Finalis II, C, 1). Hoje, a Eclesiologia caminha entre duas possibilidades, permanecendo a questão do ponto de partida para se entender a Igreja: a primeira possibilidade é a que parte da dimensão interna da Igreja (ad intra), que acentua a Igreja como sacramento, ou seja, a Igreja em si; a segunda define a Igreja a partir de fora (ad extra), isto é, de sua missão, ou seja, a Igreja para os outros. A problemática atual está em buscar um equilíbrio entre essas duas perspectivas eclesiológicas.
A comunhão dos discípulos de Jesus Cristo na Igreja gera a missão para todos os povos. Por ser católica, “a Igreja tem a capacidade de chegar a todos os povos.” A Igreja é missionária por natureza. “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar” (EN 14).
Essa missão nasce como consequência da comunhão com o seu Senhor. “A comunhão abre-se à missão universal.”
Sem comunhão não há missão.

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Nossa tese é que a renovação da Eclesiologia, iniciada no princípio do século XX, propicia uma nova visão de Igreja, agora unitária: o visível e o invisível, o humano e o divino, numa simultaneidade. “A Igreja é ao mesmo tempo imanente e transcendente.” Na Lumen Gentium vem demonstrada a importância da redescoberta do mistério da Igreja para a sua autocompreensão. A unidade entre o “mistério da Igreja” e o “povo de Deus”, supera uma visão fechada e estática da Igreja, fazendo aparecer seu caráter dinâmico, expresso na imagem do povo de Deus em marcha, em uma perspectiva escatológica.
O Sínodo de 1985 sublinha a Eclesiologia de comunhão como a ideia eclesiológica chave do Concílio (cf. Relatio Finalis II, C, 1). Hoje, a Eclesiologia caminha entre duas possibilidades, permanecendo a questão do ponto de partida para se entender a Igreja: a primeira possibilidade é a que parte da dimensão interna da Igreja (ad intra), que acentua a Igreja como sacramento, ou seja, a Igreja em si; a segunda define a Igreja a partir de fora (ad extra), isto é, de sua missão, ou seja, a Igreja para os outros. A problemática atual está em buscar um equilíbrio entre essas duas perspectivas eclesiológicas.
A comunhão dos discípulos de Jesus Cristo na Igreja gera a missão para todos os povos. Por ser católica, “a Igreja tem a capacidade de chegar a todos os povos.” A Igreja é missionária por natureza. “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, a sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar” (EN 14).
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