10 Livros Que Estragaram O Mundo E Outros Cinco Que Não Ajudaram Em Nada

Não há nada tão absurdo”, caçoava Cícero, filósofo e estadista da antiga Roma, “que não possa ser dito por um filósofo”. Infelizmente, os absurdos dos filósofos não se limitam às aulas de sofística e às suas especulações excêntricas. Eles perfazem todo o caminho editorial até serem despejados no público.

Eles podem ser – e têm sido – tão perigosos e nocivos quanto doenças mortais. E, como doenças, tais idéias letais podem infectar as pessoas sem que elas percebam. Essas idéias, geralmente não identificadas, pairam no ar intelectual que respiramos.
Se dermos uma boa e sóbria olhada nos efeitos horríveis dessas idéias mortíferas, só poderemos chegar a uma conclusão: há livros que realmente estragaram o mundo; livros sem os quais estaríamos bem melhor agora.
Isso não deveria ser nada chocante, exceto àqueles que não crêem que as idéias têm conseqüências. O eminente ensaísta escocês Thomas Carlyle, também filósofo, foi repreendido uma vez num jantar festivo porque não parava de tagarelar sobre livros: “Idéias, sr. Carlyle, idéias, nada além de idéias!”. Ele respondeu: “Houve uma vez um homem chamado Rousseau que escreveu um livro contendo nada além de idéias. A segunda edição foi impressa na pele daqueles que riram da primeira”. Carlyle estava certo. Jean-Jacques Rousseau escreveu um livro que inspirou a crudelíssima Revolução Francesa (e coisas ainda mais destrutivas depois dela).
O bom senso e um pouco de lógica nos advertem que, se idéias têm conseqüências, então más idéias têm más conseqüências. E, ainda mais óbvio: más idéias, escritas em livros, tornam-se muito mais duráveis, infectam gerações e mais gerações e ampliam a miséria do mundo.
Eu afirmo, portanto, que o mundo seria um lugar demonstravelmente melhor hoje se os livros que estamos prestes a discutir jamais tivessem sido escritos. Meio século atrás (e até há vinte anos, entre a elite acadêmica), era possível continuar afirmando que o marxismo era uma força positiva atuante na história. Porém, desde que sua capa protetora implodiu toda a União Soviética – e deixou a China despedaçada, para dizer o mínimo –, ninguém, ao ver reveladas dezenas de milhões de corpos em de composição, pode concluir alguma coisa além do seguinte: se o Manifesto do Partido Comunista jamais tivesse sido escrito, um tanto enorme de sofrimento teria sido evitado. O mesmo vale para o Minha luta, de Hitler, e para todos os outros livros dessa lista, ainda que, às vezes, o massacre seja de tipo diferente e mais sutil.
Mas, e agora? Devemos queimar os livros? É claro que não! Uma reação como essa é insustentável, no mínimo ambientalmente falando. Como eu aprendi há muito tempo, a melhor cura – a única cura, aliás, já que os livros realmente maléficos se multiplicaram como vírus através de um sem-fim de edições – é lê-los. Conhecê-los de trás para frente, e de frente para trás. Agarrar o coração maligno de cada um deles e expô-los à luz do dia. Isso é justamente o que eu me proponho a fazer nas próximas páginas.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

10 Livros Que Estragaram O Mundo E Outros Cinco Que Não Ajudaram Em Nada

Não há nada tão absurdo”, caçoava Cícero, filósofo e estadista da antiga Roma, “que não possa ser dito por um filósofo”. Infelizmente, os absurdos dos filósofos não se limitam às aulas de sofística e às suas especulações excêntricas. Eles perfazem todo o caminho editorial até serem despejados no público. Eles podem ser – e têm sido – tão perigosos e nocivos quanto doenças mortais. E, como doenças, tais idéias letais podem infectar as pessoas sem que elas percebam. Essas idéias, geralmente não identificadas, pairam no ar intelectual que respiramos.
Se dermos uma boa e sóbria olhada nos efeitos horríveis dessas idéias mortíferas, só poderemos chegar a uma conclusão: há livros que realmente estragaram o mundo; livros sem os quais estaríamos bem melhor agora.
Isso não deveria ser nada chocante, exceto àqueles que não crêem que as idéias têm conseqüências. O eminente ensaísta escocês Thomas Carlyle, também filósofo, foi repreendido uma vez num jantar festivo porque não parava de tagarelar sobre livros: “Idéias, sr. Carlyle, idéias, nada além de idéias!”. Ele respondeu: “Houve uma vez um homem chamado Rousseau que escreveu um livro contendo nada além de idéias. A segunda edição foi impressa na pele daqueles que riram da primeira”. Carlyle estava certo. Jean-Jacques Rousseau escreveu um livro que inspirou a crudelíssima Revolução Francesa (e coisas ainda mais destrutivas depois dela).
O bom senso e um pouco de lógica nos advertem que, se idéias têm conseqüências, então más idéias têm más conseqüências. E, ainda mais óbvio: más idéias, escritas em livros, tornam-se muito mais duráveis, infectam gerações e mais gerações e ampliam a miséria do mundo.
Eu afirmo, portanto, que o mundo seria um lugar demonstravelmente melhor hoje se os livros que estamos prestes a discutir jamais tivessem sido escritos. Meio século atrás (e até há vinte anos, entre a elite acadêmica), era possível continuar afirmando que o marxismo era uma força positiva atuante na história. Porém, desde que sua capa protetora implodiu toda a União Soviética – e deixou a China despedaçada, para dizer o mínimo –, ninguém, ao ver reveladas dezenas de milhões de corpos em de composição, pode concluir alguma coisa além do seguinte: se o Manifesto do Partido Comunista jamais tivesse sido escrito, um tanto enorme de sofrimento teria sido evitado. O mesmo vale para o Minha luta, de Hitler, e para todos os outros livros dessa lista, ainda que, às vezes, o massacre seja de tipo diferente e mais sutil.
Mas, e agora? Devemos queimar os livros? É claro que não! Uma reação como essa é insustentável, no mínimo ambientalmente falando. Como eu aprendi há muito tempo, a melhor cura – a única cura, aliás, já que os livros realmente maléficos se multiplicaram como vírus através de um sem-fim de edições – é lê-los. Conhecê-los de trás para frente, e de frente para trás. Agarrar o coração maligno de cada um deles e expô-los à luz do dia. Isso é justamente o que eu me proponho a fazer nas próximas páginas.

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog