Corpo E Performances

Corpo E Performances foi pensada como um estudo de caso da capacidade do ator em produzir ansiedade cultural no contexto contemporâneo.

A pesquisa que originou Corpo E Performances: As You Like It, De Shakespeare, No Século XX foi pensada como um estudo de caso da capacidade do ator em produzir ansiedade cultural no contexto contemporâneo das sociedades ocidentais altamente industrializadas, como a Alemanha e a Inglaterra, especialmente em produções teatrais que são levadas ao palco nos principais circuitos comerciais.

Para alcançar tal objetivo, o autor analisou e examinou o fascínio crítico e o trabalho teórico sobre o potencial transgressivo de produções dramáticas de William Shakespeare com elenco totalmente masculino, o que se aproxima de efeitos possíveis do atores-meninos elisabetanos, em face de produções teatrais contemporâneas.

A existência de produções totalmente masculinas do drama de Shakespeare no século XX na Inglaterra pode ser rastreada até; de um lado, William Poel, um acadêmico vitoriano tardio e produtor teatral, que encenou um Hamlet totalmente masculino em 1905, e de outro a tradição das sociedades de arte dramática nas escolas públicas inglesas. A notória fotografia de Laurence Olivier vestido de Katherine, numa produção de escola de A Megera Domada, pode ser o exemplo mais famoso do segundo tipo.

Essas totalmente masculinas eram tradicionalmente justificadas com base na percepção acentuada da qualidade poética da peça, que era também tida como signo de autenticidade. Era inconcebível interpretar no palco conteúdos sexuais latentes no texto da peça. Como os atores eram meninos e não homens, possíveis insinuações homossexuais podiam facilmente passar despercebidas, e assim a decência moral era mantida.

Para Guy Boas, diretor da escola Sloane em Londres-Chelsea, esses jovens atores travestidos não constituíam de modo algum uma energia transgressiva, um momento de crise ou de ansiedade dentro da academia moderna, e não temos conhecimento de nenhum outro diretor de escola que declare preocupação com os efeitos de corrupção moral das totalmente masculinas de meninos sobre os jovens participantes (ou pais orgulhosos e outros adultos na plateia).

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Para alcançar tal objetivo, o autor analisou e examinou o fascínio crítico e o trabalho teórico sobre o potencial transgressivo de produções dramáticas de William Shakespeare com elenco totalmente masculino, o que se aproxima de efeitos possíveis do atores-meninos elisabetanos, em face de produções teatrais contemporâneas.

A existência de produções totalmente masculinas do drama de Shakespeare no século XX na Inglaterra pode ser rastreada até; de um lado, William Poel, um acadêmico vitoriano tardio e produtor teatral, que encenou um Hamlet totalmente masculino em 1905, e de outro a tradição das sociedades de arte dramática nas escolas públicas inglesas. A notória fotografia de Laurence Olivier vestido de Katherine, numa produção de escola de A Megera Domada, pode ser o exemplo mais famoso do segundo tipo.

Essas totalmente masculinas eram tradicionalmente justificadas com base na percepção acentuada da qualidade poética da peça, que era também tida como signo de autenticidade. Era inconcebível interpretar no palco conteúdos sexuais latentes no texto da peça. Como os atores eram meninos e não homens, possíveis insinuações homossexuais podiam facilmente passar despercebidas, e assim a decência moral era mantida.

Para Guy Boas, diretor da escola Sloane em Londres-Chelsea, esses jovens atores travestidos não constituíam de modo algum uma energia transgressiva, um momento de crise ou de ansiedade dentro da academia moderna, e não temos conhecimento de nenhum outro diretor de escola que declare preocupação com os efeitos de corrupção moral das totalmente masculinas de meninos sobre os jovens participantes (ou pais orgulhosos e outros adultos na plateia).

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