Casa-Grande Severina

A obra traz conferências e palestras proferidas no Seminário Internacional Casa-Grande Severina e contribuições sobre o tema dos especialistas convidados.

Há no título deste livro um jogo de palavras. De todo óbvio para os leitores de Gilberto Freyre, o autor de Casa-Grande & Senzala; e de João Cabral de Melo Neto, o poeta dramático de Morte E Vida Severina. A ironia quase paradoxal contida na similitude sonora de Senzala/Severina pode sugerir outros desdobramentos de significados. Convém, no entanto, perceber mais as sutilezas que as associações de ideias feitas.

Em dezembro de 2019, a Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco realizou um seminário sobre João Cabral de Melo Neto e Gilberto Freyre. A decisão do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte de batizar o encontro de Casa-Grande Severina representou uma tentativa não tanto de fundir as duas obras, mas de estimular novas reflexões e interpretações. Este livro reúne uma parte do falado e mostrado nos dias 4, 5 e 6 de dezembro, no campus do Derby.

Casa-Grande Severina foi intencionadamente uma antecipação. Os cem anos do poeta seriam completados no janeiro de 2020; e os 120 do sociólogo no março desse mesmo ano. Podiam ter sido pensadas as programações para eventos independentes. No entanto, entendeu-se como o mais adequado e original unir, pela primeira vez, os dois primos escritores pernambucanos.

Ainda que, num primeiro momento, Gilberto e João pareçam tão diferentes, as semelhanças vão além da aliteração de G e J, a classe social, e serem ambos “Melo” ou “Mello” (conforme a ortografia, reformada ou não, que se escolha). Aliás, Freyre tinha um assumido gosto por arcaísmos, daí que preferisse, no seu sobrenome, grafar Mello, e não Melo, Freyre, e não Freire.

Quando se trata, porém, de senzala e severina, não basta a coincidência verbal. Tampouco, sabendo-se a pobreza do personagem do auto de Natal pernambucano Morte e vida severina, deduzir-se que seja Severino nome apenas de pobre, e até de negro, de escravo, de gente desfavorecida ou desafortunada.

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Há no título deste livro um jogo de palavras. De todo óbvio para os leitores de Gilberto Freyre, o autor de Casa-Grande & Senzala; e de João Cabral de Melo Neto, o poeta dramático de Morte E Vida Severina. A ironia quase paradoxal contida na similitude sonora de Senzala/Severina pode sugerir outros desdobramentos de significados. Convém, no entanto, perceber mais as sutilezas que as associações de ideias feitas.

Em dezembro de 2019, a Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte da Fundação Joaquim Nabuco realizou um seminário sobre João Cabral de Melo Neto e Gilberto Freyre. A decisão do diretor de Memória, Educação, Cultura e Arte de batizar o encontro de Casa-Grande Severina representou uma tentativa não tanto de fundir as duas obras, mas de estimular novas reflexões e interpretações. Este livro reúne uma parte do falado e mostrado nos dias 4, 5 e 6 de dezembro, no campus do Derby.

Casa-Grande Severina foi intencionadamente uma antecipação. Os cem anos do poeta seriam completados no janeiro de 2020; e os 120 do sociólogo no março desse mesmo ano. Podiam ter sido pensadas as programações para eventos independentes. No entanto, entendeu-se como o mais adequado e original unir, pela primeira vez, os dois primos escritores pernambucanos.

Ainda que, num primeiro momento, Gilberto e João pareçam tão diferentes, as semelhanças vão além da aliteração de G e J, a classe social, e serem ambos “Melo” ou “Mello” (conforme a ortografia, reformada ou não, que se escolha). Aliás, Freyre tinha um assumido gosto por arcaísmos, daí que preferisse, no seu sobrenome, grafar Mello, e não Melo, Freyre, e não Freire.

Quando se trata, porém, de senzala e severina, não basta a coincidência verbal. Tampouco, sabendo-se a pobreza do personagem do auto de Natal pernambucano Morte e vida severina, deduzir-se que seja Severino nome apenas de pobre, e até de negro, de escravo, de gente desfavorecida ou desafortunada.

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