Machado De Assis E O Cânone Ocidental

Machado De Assis E O Cânone Ocidental revisita os temas principais que contribuíram para a centralidade da obra de Machado de Assis na literatura brasileira

Os itinerários de leitura percorridos para a realização deste estudo levam a um ponto comum: a busca extraordinária de um modelo por parte de Machado de Assis ao longo do seu trajeto literário.

Na leitura e reescritura dos cânones efetuadas pelo escritor carioca é como se houvesse a ratificação de um elemento permanente que o leitor, por sua vez, reconhece.

Não resta dúvida que Machado confrontou-se com diversos modelos do cânone ocidental e realizou uma síntese original a partir de processos mistos de rejeição, desconstrução, adaptação, tradução ou fusão.

No entanto, não foi nosso objetivo realizar uma pesquisa exaustiva dos modelos com os quais se confrontou o escritor carioca, mas, sim, desvelar os mecanismos de construção da sua obra em diálogo com diversos contextos: da literatura clássica à moderna, da música ao teatro, do jornalismo à política. Diálogo que se estendeu ao leitor-crítico e ao próprio autor que se observa enquanto escreve os seus textos.

Por outro lado, ao falar de cânone ocidental, não queremos com isso negar a presença da cultura africana ou da oriental, de que a sua obra apresenta abundantes exemplos, ao lado da cultura popular brasileira que é, no final, uma síntese de todas essas contribuições. Basta não nos esquecermos da tradição medieval presente nos folhetos de cordel nordestino.

Mas esta é uma outra questão. Machado de Assis é parte do cânone ocidental, hoje. Assim como o são outros escritores de língua portuguesa, como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Jorge Amado, Eça de Queirós, Fernando Pessoa e José Saramago.

Cada um dos autores citados percorreu um caminho determinado, possui a sua própria história de legitimação, que não é o nosso tema neste espaço.

Embora os capítulos II e III deste estudo privilegiem temas como o riso e a ironia e a presença da matriz cultural italiana na obra do autor carioca, o mesmo processo de construção narrativa vai se desenvolver nos diversos exemplos discutidos, porque todos fazem parte do projeto linguístico-retórico e histórico-filosófico do autor do Dom Casmurro.

É indiscutível, todavia, que a história do cânone, que aqui resumiremos por grandes linhas, tem a ver com o percurso machadiano e o contexto no qual atuou.

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Não resta dúvida que Machado confrontou-se com diversos modelos do cânone ocidental e realizou uma síntese original a partir de processos mistos de rejeição, desconstrução, adaptação, tradução ou fusão.

No entanto, não foi nosso objetivo realizar uma pesquisa exaustiva dos modelos com os quais se confrontou o escritor carioca, mas, sim, desvelar os mecanismos de construção da sua obra em diálogo com diversos contextos: da literatura clássica à moderna, da música ao teatro, do jornalismo à política. Diálogo que se estendeu ao leitor-crítico e ao próprio autor que se observa enquanto escreve os seus textos.

Por outro lado, ao falar de cânone ocidental, não queremos com isso negar a presença da cultura africana ou da oriental, de que a sua obra apresenta abundantes exemplos, ao lado da cultura popular brasileira que é, no final, uma síntese de todas essas contribuições. Basta não nos esquecermos da tradição medieval presente nos folhetos de cordel nordestino.

Mas esta é uma outra questão. Machado de Assis é parte do cânone ocidental, hoje. Assim como o são outros escritores de língua portuguesa, como Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Jorge Amado, Eça de Queirós, Fernando Pessoa e José Saramago.

Cada um dos autores citados percorreu um caminho determinado, possui a sua própria história de legitimação, que não é o nosso tema neste espaço.

Embora os capítulos II e III deste estudo privilegiem temas como o riso e a ironia e a presença da matriz cultural italiana na obra do autor carioca, o mesmo processo de construção narrativa vai se desenvolver nos diversos exemplos discutidos, porque todos fazem parte do projeto linguístico-retórico e histórico-filosófico do autor do Dom Casmurro.

É indiscutível, todavia, que a história do cânone, que aqui resumiremos por grandes linhas, tem a ver com o percurso machadiano e o contexto no qual atuou.

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