Em Universal Singular procura-se compreender os fundamentos do pensamento de Sartre enquanto antropologia filosófica porque é ela que está na raiz de uma interrogação sobre a existência humana a que o termo “existencialismo” deu, à época, celebridade.
Essa antropologia foi também, como se verá, desenvolvida com o objectivo de construir um método compreensivo que lhe permita interpretar, partindo da biografia, a obra de autores como Baudelaire, Genet ou Flaubert.
O próprio Sartre formulou o seu projecto como tentativa de responder à seguinte questão: “Que podemos saber de um homem, hoje?”
A primeira edição de Universal Singular foi publicada em 1997. Para a presente edição o texto foi inteiramente revisto e adaptado às novas normas ortográficas.
Originalmente Universal Singular foi composto na sequência da investigação conducente à elaboração de uma tese de doutoramento em filosofia. Nela se estudava a confrontação entre Sartre e Lévi-Strauss sobre os fundamentos da antropologia.
Aqui o propósito é outro. Trata-se de compreender os fundamentos do pensamento sartriano enquanto antropologia filosófica porque é ela que está na raiz de uma interrogação sobre a existência humana a que o termo “existencialismo” deu, à época, celebridade.
Essa antropologia é também, como se verá, desenvolvida com o objetivo de construir um método compreensivo que lhe permita interpretar a obra de autores como Baudelair, Genet e Flaubert.
Este desígnio é explicitado desde muito cedo, anunciado até no decorrer da sua obra-mestra, O ser e o nada, onde se alude já ao caso do autor de Madame Bovary.
Com efeito, será a monumental biografia de Gustave Flaubert, publicada vinte e oito anos mais tarde, que irá trazer um termo à obra de Jean-Paul Sartre.