La Vie En Close

La Vie en Close, escrito originalmente, em francês pelo poeta curitibano Paulo Lemiski prova como a língua francesa pode ser maleável na arte poética.

A vida em close
É outra coisa
É ele
Sou eu
É isso
É a vida das coisas
que não tem
outra escolha

Leminski, bom subversivo da linguagem, brinca com a sonoridade e com certas expressões francesas. "Être avant la lettre" significa, ao pé da letra, "estar antes da carta", ou seja, estar adiantado (partindo do presuposto que a pessoa chegou até mesmo antes da carta enviada avisando que chegaria).
Já "En close" (em close, de perto) brinca com o som de outra expressão, o da "vie en rose" (vida em rosa, ou seja 'estar num mar de rosas', estar num momento feliz na vida; "tudo azul" como a gente diz). Além de tudo, ele cria um ótimo ritmo para o poema!

LIMITES AO LÉU
POESIA: “words set to music” (Dante
via Pound), “uma viagem ao
desconhecido” (Maiakóvski), “cernes e
medulas” (Ezra Pound), “a fala do
infalável” (Goethe), “linguagem
voltada para a sua própria
materialidade” (Jákobson),
“permanente hesitação entre som e
sentido” (Paul Valéry), “fundação do
ser mediante a palavra” (Heidegger),
“a religião original da humanidade”
(Novalis), “as melhores palavras na
melhor ordem” (Coleridge), “emoção
relembrada na tranquilidade”
(Wordsworth), “ciência e paixão”
(Alfred de Vigny), “se faz com
palavras, não com idéias” (Mallarmé),
“música que se faz com idéias”
(Ricardo Reis/ Fernando Pessoa), “um
fingimento deveras” (Fernando
Pessoa), “criticism of life” (Mathew
Arnold), “palavra-coisa” (Sartre),
“linguagem em estado de pureza
selvagem” (Octavio Paz), “poetry is to
inspire” (Bob Dylan), “design de
linguagem” (Décio Pignatari), “lo
imposible hecho posible” (Garcia
Lorca), “aquilo que se perde na
tradução” (Robert Frost), “a liberdade
da minha linguagem” (Paulo
Leminski)...

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La Vie en Close, escrito originalmente, em francês pelo poeta curitibano Paulo Lemiski prova como a língua francesa pode ser maleável na arte poética.

A vida em close
É outra coisa
É ele
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É isso
É a vida das coisas
que não tem
outra escolha

Leminski, bom subversivo da linguagem, brinca com a sonoridade e com certas expressões francesas. “Être avant la lettre” significa, ao pé da letra, “estar antes da carta”, ou seja, estar adiantado (partindo do presuposto que a pessoa chegou até mesmo antes da carta enviada avisando que chegaria).
Já “En close” (em close, de perto) brinca com o som de outra expressão, o da “vie en rose” (vida em rosa, ou seja ‘estar num mar de rosas’, estar num momento feliz na vida; “tudo azul” como a gente diz). Além de tudo, ele cria um ótimo ritmo para o poema!

LIMITES AO LÉU
POESIA: “words set to music” (Dante
via Pound), “uma viagem ao
desconhecido” (Maiakóvski), “cernes e
medulas” (Ezra Pound), “a fala do
infalável” (Goethe), “linguagem
voltada para a sua própria
materialidade” (Jákobson),
“permanente hesitação entre som e
sentido” (Paul Valéry), “fundação do
ser mediante a palavra” (Heidegger),
“a religião original da humanidade”
(Novalis), “as melhores palavras na
melhor ordem” (Coleridge), “emoção
relembrada na tranquilidade”
(Wordsworth), “ciência e paixão”
(Alfred de Vigny), “se faz com
palavras, não com idéias” (Mallarmé),
“música que se faz com idéias”
(Ricardo Reis/ Fernando Pessoa), “um
fingimento deveras” (Fernando
Pessoa), “criticism of life” (Mathew
Arnold), “palavra-coisa” (Sartre),
“linguagem em estado de pureza
selvagem” (Octavio Paz), “poetry is to
inspire” (Bob Dylan), “design de
linguagem” (Décio Pignatari), “lo
imposible hecho posible” (Garcia
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