Desafios E Perspectivas Científicas Para A Organização E Representação Do Conhecimento Na Atualidade

José Augusto Chaves Guimarães & Vera Dobedei (Orgs.) - Desafios E Perspectivas Científicas Para A Organização E Representação Do Conhecimento Na Atualidade

Remonta à Antiguidade a preocupação do homem em organizar o conhecimento, no intuito de categorizar ideias e fornecer subsídios à perpetuação da memória social. Nesse sentido, Aristóteles, Porfírio e Bacon, dentre outros, envidaram esforços efetivos para a sistematização de um conhecimento existente, aspectos que forneceram as bases filosóficas para que, já na Contemporaneidade, com a explosão documental, se pudesse ir além, voltando esforços para a organização e a posterior representação de um conhecimento registrado, como subsídio à construção de novos conhecimentos, como se verifica na obra de Harris, Dewey, Otlet e La Fontaine, Ranganathan, Cutter, Kaiser e tantos outros.

Assim, em um âmbito teórico, tem-se a necessidade de sistematização e consolidação de um conhecimento (conjunto de saberes) verificável em uma dada sociedade em um dado momento histórico, com um objetivo de transmissão, objeto das reflexões de filósofos ligados à Teoria do conhecimento. Em consequência, tem-se a necessidade de de acesso ao conhecimento registrado em documentos, visando ao seu uso, com um objetivo de recuperação, como demonstram os estudos de documentalistas.

No âmbito específico da Ciência da Informação, se a questão inicialmente poderia parecer como de natureza eminentemente prática, voltada a resolver problemas de recuperação da informação e de acesso aos documentos em bibliotecas e instituições congêneres, foi, no entanto, notadamente a partir da segunda metade do século XX, com as preocupações atinentes ao próprio status científico da área, que a reflexão teórica em organização e representação do conhecimento ganhou mais fôlego, revelando sua natureza interdisciplinar.

Desse modo, aportes da Lógica, da Linguística, da Terminologia, da Psicologia Cognitiva, da Ciência da Computação, da Comunicação, dentre outros, fizeram-se sentir com maior ênfase na área, dando suporte a estudos como os relativos à Teoria do Conceito, de Dahlberg, da Análise de Dmínio, de Hjorland, da Análise Documental, de Gardin, dentre outros.

Nesse panorama, a Organização do Conhecimento enquanto disciplina surge, como recorda Garcia Marco na década de 90, “na encruzilhada das denominadas ciências cognitivas, no campo de encontro entre as Ciências do Conhecimento Humano (Neurociência, Psicologia e Epistemologia), Ciências da Informação e da Comunicação (incluindo a Semiórica e a Linguística), matemática (incluindo a Lógica e as Linguagens formais) e a Ciência da Computação”.

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Remonta à Antiguidade a preocupação do homem em organizar o conhecimento, no intuito de categorizar ideias e fornecer subsídios à perpetuação da memória social. Nesse sentido, Aristóteles, Porfírio e Bacon, dentre outros, envidaram esforços efetivos para a sistematização de um conhecimento existente, aspectos que forneceram as bases filosóficas para que, já na Contemporaneidade, com a explosão documental, se pudesse ir além, voltando esforços para a organização e a posterior representação de um conhecimento registrado, como subsídio à construção de novos conhecimentos, como se verifica na obra de Harris, Dewey, Otlet e La Fontaine, Ranganathan, Cutter, Kaiser e tantos outros.

Assim, em um âmbito teórico, tem-se a necessidade de sistematização e consolidação de um conhecimento (conjunto de saberes) verificável em uma dada sociedade em um dado momento histórico, com um objetivo de transmissão, objeto das reflexões de filósofos ligados à Teoria do conhecimento. Em consequência, tem-se a necessidade de de acesso ao conhecimento registrado em documentos, visando ao seu uso, com um objetivo de recuperação, como demonstram os estudos de documentalistas.

No âmbito específico da Ciência da Informação, se a questão inicialmente poderia parecer como de natureza eminentemente prática, voltada a resolver problemas de recuperação da informação e de acesso aos documentos em bibliotecas e instituições congêneres, foi, no entanto, notadamente a partir da segunda metade do século XX, com as preocupações atinentes ao próprio status científico da área, que a reflexão teórica em organização e representação do conhecimento ganhou mais fôlego, revelando sua natureza interdisciplinar.

Desse modo, aportes da Lógica, da Linguística, da Terminologia, da Psicologia Cognitiva, da Ciência da Computação, da Comunicação, dentre outros, fizeram-se sentir com maior ênfase na área, dando suporte a estudos como os relativos à Teoria do Conceito, de Dahlberg, da Análise de Dmínio, de Hjorland, da Análise Documental, de Gardin, dentre outros.

Nesse panorama, a Organização do Conhecimento enquanto disciplina surge, como recorda Garcia Marco na década de 90, “na encruzilhada das denominadas ciências cognitivas, no campo de encontro entre as Ciências do Conhecimento Humano (Neurociência, Psicologia e Epistemologia), Ciências da Informação e da Comunicação (incluindo a Semiórica e a Linguística), matemática (incluindo a Lógica e as Linguagens formais) e a Ciência da Computação”.

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