A Coisa Mais Próxima Da Vida

James Wood - A Coisa Mais Próxima Da Vida
Com título inspirado na citação sobre arte de George Eliot, os ensaios de James Wood em A Coisa Mais Próxima Da Vida buscam identificar e comentar as relações entre a literatura e a realidade.


Diferente de Como Funciona A Ficção, em que se detém no realismo, em A Coisa Mais Próxima Da Vida, Wood divaga sobre religião, morte, exílio, detalhe, a importância das coisas e descreve como a literatura perpassa todas essas temáticas com sua experiência necessária.
Os quatro ensaios presentes em A Coisa Mais Próxima Da Vida não são capítulos contínuos, mas se entrelaçam pela coerência do pensamento deste que é um dos mais importantes críticos literários contemporâneos.
"A literatura, a ficção em particular, proporcionava um escape desses hábitos de dissimulação – em parte porque oferecia uma versão analógica simétrica deles, um mundo do livro dentro do qual as mentiras (ou ficções) eram usadas para proteger verdades significativas.
Ainda me lembro daquela emoção adolescente, daquela sublime descoberta do romance e do conto como um espaço completamente livre, onde qualquer coisa podia ser pensada, qualquer coisa pronunciada.
No romance, podíamos encontrar ateus, esnobes, libertinos, adúlteros, assassinos, ladrões, loucos cavalgando pelos prados castelhanos ou vagando por Oslo ou São Petersburgo, rapazes em busca de sucesso em Paris, moças em busca de sucesso em Londres, cidades sem nome, países sem lugar, terras de alegoria e surrealismo, um homem transformado em inseto, um romance japonês narrado por um gato, cidadãos de muitos países, homossexuais, místicos, proprietários de terras e mordomos, conservadores e radicais, radicais que também eram conservadores, intelectuais e tolos, intelectuais que também eram tolos, bêbados e padres, padres que também eram bêbados, o vivo e o morto.
Havia o bom truque da canonicidade, por meio do qual os autores que tinham sido aprovados pela posteridade ou consagrados pelos estudos universitários, ou simplesmente conquistado autoridade com um Penguin Modern Classic, revelavam-se tudo menos respeitáveis – revelavam-se blasfemadores, radicais, estridentes, eróticos."

 

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James Wood – A Coisa Mais Próxima Da Vida
Com título inspirado na citação sobre arte de George Eliot, os ensaios de James Wood em A Coisa Mais Próxima Da Vida buscam identificar e comentar as relações entre a literatura e a realidade.
Diferente de Como Funciona A Ficção, em que se detém no realismo, em A Coisa Mais Próxima Da Vida, Wood divaga sobre religião, morte, exílio, detalhe, a importância das coisas e descreve como a literatura perpassa todas essas temáticas com sua experiência necessária.
Os quatro ensaios presentes em A Coisa Mais Próxima Da Vida não são capítulos contínuos, mas se entrelaçam pela coerência do pensamento deste que é um dos mais importantes críticos literários contemporâneos.
“A literatura, a ficção em particular, proporcionava um escape desses hábitos de dissimulação – em parte porque oferecia uma versão analógica simétrica deles, um mundo do livro dentro do qual as mentiras (ou ficções) eram usadas para proteger verdades significativas.
Ainda me lembro daquela emoção adolescente, daquela sublime descoberta do romance e do conto como um espaço completamente livre, onde qualquer coisa podia ser pensada, qualquer coisa pronunciada.
No romance, podíamos encontrar ateus, esnobes, libertinos, adúlteros, assassinos, ladrões, loucos cavalgando pelos prados castelhanos ou vagando por Oslo ou São Petersburgo, rapazes em busca de sucesso em Paris, moças em busca de sucesso em Londres, cidades sem nome, países sem lugar, terras de alegoria e surrealismo, um homem transformado em inseto, um romance japonês narrado por um gato, cidadãos de muitos países, homossexuais, místicos, proprietários de terras e mordomos, conservadores e radicais, radicais que também eram conservadores, intelectuais e tolos, intelectuais que também eram tolos, bêbados e padres, padres que também eram bêbados, o vivo e o morto.
Havia o bom truque da canonicidade, por meio do qual os autores que tinham sido aprovados pela posteridade ou consagrados pelos estudos universitários, ou simplesmente conquistado autoridade com um Penguin Modern Classic, revelavam-se tudo menos respeitáveis – revelavam-se blasfemadores, radicais, estridentes, eróticos.”

 

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