O Poema Inquieta O Papel E A Sala

No livro O Poema Inquieta O Papel E A Sala, Fábio De Oliveira estuda a obra cabralina numa relação comparativa com a Arquitetura.

O Poema Inquieta O Papel E A Sala estuda a obra cabralina numa relação comparativa com a Arquitetura. Parte nessa empreitada com as seguintes indagações: Em que medida percepções estéticas ligadas ao domínio da Arquitetura estão presentes na produção de João Cabral? Elas têm realmente o que falar sobre sua obra em nível profundo ou sustentam apenas um discurso de superfície? Nesse sentido, essas percepções trariam alguma discussão relevante e iluminadora sobre a poética do escritor? Caso sim, o que e em que medida?

Os três primeiros capítulos desse estudo discutirão sobre a presença da arquitetura na obra de João Cabral a partir de tópicos o mais evidentes possível.

No primeiro, a chave-mestra são os poemas em que consta o termo “arquitetura” (e, por extensão, o termo “pedra”, que pensamos manter, nesse debate, uma relação discursiva com o campo arquitetônico).

O segundo capítulo traz à baila poemas em que consta o nome de algum arquiteto ou engenheiro (seja como dedicatória, seja no corpo mesmo do texto).

Já no terceiro capítulo, o destaque é dado a certas construções, que, em nosso contexto, são escolhidas a dedo e de acordo com a riqueza discursiva que apresentam relativamente ao perfil estético de João Cabral de Melo Neto.

Mas esses capítulos não dizem tudo: servem antes como um princípio de análise. O quarto e o quinto encaminham a pesquisa para o plano do conteúdo: a articulação de certas concepções (respectivamente, a do “dentro-fora” e a do “habitar/habitar-se”), que, diretamente ou indiretamente, estão atreladas também à área arquitetônica.

Esses capítulos nos deixam ver que há um certo modo de
pensar arquitetural no escritor de O Engenheiro. Noções como as referidas (“dentro-fora” e “habitar/habitar-se”) acrescentam aos poemas uma dinâmica de cunho geométrico e espacial que apontam também para a arquitetura, ainda que esta não apareça em debate.

Tal modo de pensar arquitetural não totaliza a estética do poeta, é bem verdade (e, de forma alguma, será a nossa pretensão aqui assegurar isso). Mesmo assim, essa linha de raciocínio que depreendemos ao longo da carreira do poeta tem muito a nos dizer sobre sua obra, tem muito a nos expor sobre uma escrita que não deseja a estabilidade que aparenta.

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Os três primeiros capítulos desse estudo discutirão sobre a presença da arquitetura na obra de João Cabral a partir de tópicos o mais evidentes possível.

No primeiro, a chave-mestra são os poemas em que consta o termo “arquitetura” (e, por extensão, o termo “pedra”, que pensamos manter, nesse debate, uma relação discursiva com o campo arquitetônico).

O segundo capítulo traz à baila poemas em que consta o nome de algum arquiteto ou engenheiro (seja como dedicatória, seja no corpo mesmo do texto).

Já no terceiro capítulo, o destaque é dado a certas construções, que, em nosso contexto, são escolhidas a dedo e de acordo com a riqueza discursiva que apresentam relativamente ao perfil estético de João Cabral de Melo Neto.

Mas esses capítulos não dizem tudo: servem antes como um princípio de análise. O quarto e o quinto encaminham a pesquisa para o plano do conteúdo: a articulação de certas concepções (respectivamente, a do “dentro-fora” e a do “habitar/habitar-se”), que, diretamente ou indiretamente, estão atreladas também à área arquitetônica.

Esses capítulos nos deixam ver que há um certo modo de
pensar arquitetural no escritor de O Engenheiro. Noções como as referidas (“dentro-fora” e “habitar/habitar-se”) acrescentam aos poemas uma dinâmica de cunho geométrico e espacial que apontam também para a arquitetura, ainda que esta não apareça em debate.

Tal modo de pensar arquitetural não totaliza a estética do poeta, é bem verdade (e, de forma alguma, será a nossa pretensão aqui assegurar isso). Mesmo assim, essa linha de raciocínio que depreendemos ao longo da carreira do poeta tem muito a nos dizer sobre sua obra, tem muito a nos expor sobre uma escrita que não deseja a estabilidade que aparenta.

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