Renovação Do Espaço Público

Atualmente, é comum pensar em missão e missiologia quando o pentecostalismo aparece no discurso acadêmico. Já a expectativa de que se leve em consideração a relação com o político e com a teologia política ou pública é menor.

No que se segue, entretanto, gostaria de considerar, ainda que muito brevemente, o que acontece missiologicamente quando pensamos no pentecostalismo e no espaço público. Minha tese é de que a espiritualidade pentecostal, particularmente suas práticas de oração, profecia e louvor, fomenta posturas políticas que são relevantes para a missão cristã no século XXI.
O que o pentecostalismo tem a ver com o espaço público ou o político? Poder-se-ia pensar, inicialmente, que talvez não tenha muito a ver: os pentecostais clássicos têm sido, de modo geral, apolíticos, embora, na maioria dos casos, tais posturas tenham sido fomentadas menos pela espiritualidade e pelos compromissos pentecostais do que por ideias escatológicas derivadas de teologias dispensacionalistas que de resto, ironicamente, são hostis à ideia de que a obra carismática e miraculosa do Espírito Santo continuou sem diminuição após a era dos apóstolos. Mas, como povo do livro, os pentecostais aderem efetivamente às prescrições neotestamentárias de orar por seus governos e líderes políticos. Em ambientes políticos em que eles são minoria, isso assume, muitas vezes, a forma de solicitação da intervenção divina que torna possível a missão pentecostal contínua e, especialmente, a evangelização local. Em sociedades democráticas liberais, entretanto, especialmente naquelas que, ao menos na teoria, apoiam a liberdade religiosa, o crescimento pentecostal levou a outras possibilidades e aspirações políticas e, por conseguinte, também fomentou outros tipos de oração no tocante à esfera pública.
A oração intercessora persistente, pela qual alguns pentecostais são conhecidos (dando continuidade à prática mais antiga do Movimento de Santidade de permanecer ou esperar), muda as coisas, e até as próprias orações. Às vezes, nossas orações nos movem à ação.
Dentro de um contexto pentecostal, a oração contínua pelo político durante um período prolongado de tempo geralmente é explicada como sendo o resultado de uma indução divina, que resulta em um “fardo” que não pode ser posto de lado de outra maneira; muitas vezes, os pentecostais estão excessivamente focados na missão e evangelização – para não mencionar as coisas mundanas na vida que são objeto de preocupação de todos
os seres humanos – para, por outro lado, dedicar um esforço concertado à oração política.

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Atualmente, é comum pensar em missão e missiologia quando o pentecostalismo aparece no discurso acadêmico. Já a expectativa de que se leve em consideração a relação com o político e com a teologia política ou pública é menor. No que se segue, entretanto, gostaria de considerar, ainda que muito brevemente, o que acontece missiologicamente quando pensamos no pentecostalismo e no espaço público. Minha tese é de que a espiritualidade pentecostal, particularmente suas práticas de oração, profecia e louvor, fomenta posturas políticas que são relevantes para a missão cristã no século XXI.
O que o pentecostalismo tem a ver com o espaço público ou o político? Poder-se-ia pensar, inicialmente, que talvez não tenha muito a ver: os pentecostais clássicos têm sido, de modo geral, apolíticos, embora, na maioria dos casos, tais posturas tenham sido fomentadas menos pela espiritualidade e pelos compromissos pentecostais do que por ideias escatológicas derivadas de teologias dispensacionalistas que de resto, ironicamente, são hostis à ideia de que a obra carismática e miraculosa do Espírito Santo continuou sem diminuição após a era dos apóstolos. Mas, como povo do livro, os pentecostais aderem efetivamente às prescrições neotestamentárias de orar por seus governos e líderes políticos. Em ambientes políticos em que eles são minoria, isso assume, muitas vezes, a forma de solicitação da intervenção divina que torna possível a missão pentecostal contínua e, especialmente, a evangelização local. Em sociedades democráticas liberais, entretanto, especialmente naquelas que, ao menos na teoria, apoiam a liberdade religiosa, o crescimento pentecostal levou a outras possibilidades e aspirações políticas e, por conseguinte, também fomentou outros tipos de oração no tocante à esfera pública.
A oração intercessora persistente, pela qual alguns pentecostais são conhecidos (dando continuidade à prática mais antiga do Movimento de Santidade de permanecer ou esperar), muda as coisas, e até as próprias orações. Às vezes, nossas orações nos movem à ação.
Dentro de um contexto pentecostal, a oração contínua pelo político durante um período prolongado de tempo geralmente é explicada como sendo o resultado de uma indução divina, que resulta em um “fardo” que não pode ser posto de lado de outra maneira; muitas vezes, os pentecostais estão excessivamente focados na missão e evangelização – para não mencionar as coisas mundanas na vida que são objeto de preocupação de todos
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