Dimensões E Desafios Políticos Para A Diversidade Cultural

Nos últimos 20 anos, assistimos à ampliação e aprofundamento do debate sobre as políticas culturais e sua participação nos esforços para o desenvolvimento humano e a consolidação das democracias.


De forma sucinta, a discussão gira em torno das possibilidades e dos paradoxos de se tomar a cultura tanto como bem, quanto como recurso. Na primeira dimensão, a cultura é provedora de memória e identidade e, portanto, contribui para o reconhecimento e pertencimento mas, também, para os enfrentamentos, estranhamentos e disputas. Na segunda dimensão, a cultura gera trocas e produz riquezas, tanto na forma de uma economia de bens simbólicos quanto configurando um mercado e uma indústria cultural. A questão é como unir tudo isso gerando equilíbrios, ética e sustentabilidade.
A equação que une as diferenças culturais também as tensiona e assim, tanto gera criatividade quanto desigualdade. Nesse processo, a questão da diversidade cultural adquire centralidade e prioridade nas agendas das políticas culturais. As razões para essa emergência são várias, mas certamente a desigualdade das trocas culturais, o desrespeito e a violência na relação entre diferentes tornam urgente a transformação de nossas perspectivas em relação à diversidade cultural.
Mais além da celebração de nossas diferenças em interação criativa, trata-se de reconhecer a diversidade cultural como um projeto político e, assim, relacioná-la às disputas no campo econômico, midiático e social.
O enfrentamento com as lógicas da Organização Mundial do Comércio (OMC), a defesa de sua inclusão na pauta da agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015, a questão da participação social e da mobilidade urbana e a democratização dos meios de comunicação são pautas que dão sentido e atualidade ao debate sobre a diversidade cultural.
Esta coletânea reúne ao todo 16 artigos de professores, pesquisadores e gestores culturais de nove diferentes países, a saber, África do Sul, Alemanha, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, França, Holanda e Zimbábue.
Destacamos isso com o intuito de demonstrar que temos não só uma variedade de temáticas abordadas a respeito das políticas para diversidade cultural, mas também visões bem distintas a partir das experiências vivenciadas nos países e regiões de origem dos autores convidados.

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De forma sucinta, a discussão gira em torno das possibilidades e dos paradoxos de se tomar a cultura tanto como bem, quanto como recurso. Na primeira dimensão, a cultura é provedora de memória e identidade e, portanto, contribui para o reconhecimento e pertencimento mas, também, para os enfrentamentos, estranhamentos e disputas. Na segunda dimensão, a cultura gera trocas e produz riquezas, tanto na forma de uma economia de bens simbólicos quanto configurando um mercado e uma indústria cultural. A questão é como unir tudo isso gerando equilíbrios, ética e sustentabilidade.
A equação que une as diferenças culturais também as tensiona e assim, tanto gera criatividade quanto desigualdade. Nesse processo, a questão da diversidade cultural adquire centralidade e prioridade nas agendas das políticas culturais. As razões para essa emergência são várias, mas certamente a desigualdade das trocas culturais, o desrespeito e a violência na relação entre diferentes tornam urgente a transformação de nossas perspectivas em relação à diversidade cultural.
Mais além da celebração de nossas diferenças em interação criativa, trata-se de reconhecer a diversidade cultural como um projeto político e, assim, relacioná-la às disputas no campo econômico, midiático e social.
O enfrentamento com as lógicas da Organização Mundial do Comércio (OMC), a defesa de sua inclusão na pauta da agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015, a questão da participação social e da mobilidade urbana e a democratização dos meios de comunicação são pautas que dão sentido e atualidade ao debate sobre a diversidade cultural.
Esta coletânea reúne ao todo 16 artigos de professores, pesquisadores e gestores culturais de nove diferentes países, a saber, África do Sul, Alemanha, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, França, Holanda e Zimbábue.
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