O Exemplo De Antígona

O Exemplo De Antígona revela um filosofar sobre educação, técnica, ideologia e utopia e uma refinada reflexão histórica sobre a relação entre ética.

Suzana Albornoz é conhecida por sua atividade de escritora, poeta e romancista, mas sobretudo como vigorosa ensaísta, em cujos textos se entretecem preocupações políticas, sociológicas, pedagógicas e éticas, articuladas pela palavra interpelativa e reflexiva da Filosofia.

Os ensaios reunidos na primeira parte de O Exemplo De Antígona revelam especialmente um filosofar sobre educação, técnica, ideologia e utopia, questionam o processo de autonomização cultural das ciências humanas em relação à Filosofia, discutindo sua positivação e indicando-lhes os déficits de racionalidade.

Na segunda parte, a autora realiza uma refinada reflexão histórica sobre a relação entre ética, religião e educação, culminando no pluralismo ético do cristianismo na visão de Ernst Bloch, e na modernidade, segundo a ética do desenvolvimento da razão iluminista em Rousseau e Kant. No capítulo final, a reflexão se dirige especificamente para a análise crítica da relação entre ética e educação na modernidade.

Pelos textos perpassa não só a sensibilidade da mulher forte, consciente das lutas políticas pela ótica da sua feminilidade, como também de profissional técnica em educação, socióloga, pedagoga e, mais recentemente, professora universitária. A esta postura prática se integra o exercício da Filosofia, esgrimido pela palavra bela e oportuna da poeta/ficcionista/pensadora.

A sensibilidade criativa da autora não compromete nem confunde o raciocínio preciso, capaz de minuciosas distinções, evidenciando também a scholar em sua passagem pela academia, como mestre e doutora. Suzana Albornoz revela que é possível um filosofar articulado às ciências sociais, operando um exercício de lucidez teórica que fustiga os perigos do reducionismo ideológico sem, entretanto, entregar-se ao relativismo e ao ceticismo.

Afirma o significado da reflexão ética e o ainda não ser como possível da utopia concreta no sentido blochiano. Seu livro é uma obra de interesse não apenas acadêmico, mas se dedica a todo leitor que, reconhecendo sua finitude, se recusa à crítica puramente demolidora e fragmentadora, apostando na palavra e na comunicação como possibilidade estética, educativa e reflexiva, num investimento criativo e utópico.

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O Exemplo De Antígona revela um filosofar sobre educação, técnica, ideologia e utopia e uma refinada reflexão histórica sobre a relação entre ética.

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Os ensaios reunidos na primeira parte de O Exemplo De Antígona revelam especialmente um filosofar sobre educação, técnica, ideologia e utopia, questionam o processo de autonomização cultural das ciências humanas em relação à Filosofia, discutindo sua positivação e indicando-lhes os déficits de racionalidade.

Na segunda parte, a autora realiza uma refinada reflexão histórica sobre a relação entre ética, religião e educação, culminando no pluralismo ético do cristianismo na visão de Ernst Bloch, e na modernidade, segundo a ética do desenvolvimento da razão iluminista em Rousseau e Kant. No capítulo final, a reflexão se dirige especificamente para a análise crítica da relação entre ética e educação na modernidade.

Pelos textos perpassa não só a sensibilidade da mulher forte, consciente das lutas políticas pela ótica da sua feminilidade, como também de profissional técnica em educação, socióloga, pedagoga e, mais recentemente, professora universitária. A esta postura prática se integra o exercício da Filosofia, esgrimido pela palavra bela e oportuna da poeta/ficcionista/pensadora.

A sensibilidade criativa da autora não compromete nem confunde o raciocínio preciso, capaz de minuciosas distinções, evidenciando também a scholar em sua passagem pela academia, como mestre e doutora. Suzana Albornoz revela que é possível um filosofar articulado às ciências sociais, operando um exercício de lucidez teórica que fustiga os perigos do reducionismo ideológico sem, entretanto, entregar-se ao relativismo e ao ceticismo.

Afirma o significado da reflexão ética e o ainda não ser como possível da utopia concreta no sentido blochiano. Seu livro é uma obra de interesse não apenas acadêmico, mas se dedica a todo leitor que, reconhecendo sua finitude, se recusa à crítica puramente demolidora e fragmentadora, apostando na palavra e na comunicação como possibilidade estética, educativa e reflexiva, num investimento criativo e utópico.

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