A Viagem De Orixalá

O livro A Viagem De Orixalá aborda questões atinentes aos Odu de Ifá, ainda em voga no território de abrangência da UESC.

Resultado de pesquisas do autor na área de africanidades, A Viagem De Orixalá aborda questões atinentes aos Odu de Ifá, ainda em voga no território de abrangência da UESC.

Chama atenção principalmente pelas imbricações de vários níveis de conhecimento-literatura, religião de matriz africana e a linguagem do babalaôs. Também faz frente ao preconceito e defende a integração dos saberes.

A quem escreve literatura é dado o poder de criar. Então, eu criei Leonam. É comum, no entanto, as criaturas se rebelarem contra o seu criador. Daí Leonam entender que não é o escritor quem cria personagens.

Para ele, as criaturas ficcionadas existem por si mesmas, numa dimensão que ele designa de terceiro mundo. Caberia ao escritor apenas oferecer condições para revestir os personagens com roupagens especiais que lhes dão vida, vigor e vitalidade, a ponto de se tornarem pessoas concretas.

Além disso, não conformado com sua configuração de personagem-narrador, ele se arvorou a escritor também. Que seja assim, então. Que seja como ele quer: este livro é dele. E eu fico com o papel daquele que providenciou condições para ele atuar.

Fico à espera de ele se dar conta de uma coisa: os quinze outros personagens que vieram junto com ele não são produtos da sua imaginação, da sua intuição, da sua criatividade.

Se a tese que ele sustenta de que as criaturas de ficção existem por si só estiver correta, cabendo ao escritor apenas a oferta de condições para sua concretização, ele não fez isso com nenhuma das criaturas que habitam o livro que ele garante ser dele.

Não custa, porém, aventar a possibilidade de que, mesmo não produzindo condições para os outros personagens existirem, Leonam os tenha trazido consigo, sem necessitar da ajuda de ninguém.

Ele, que se tem em conta de pessoa simples, muitas vezes confunde simplicidade com arrogância, assumindo-se como se fosse o próprio Sagitário, quando afirma: “sou sagitariano e Sagitário tem a generosidade do sábio. Isso me serve de alento. Ele é em mim, por projeção. Eu sou nele, por atavismo”.

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A quem escreve literatura é dado o poder de criar. Então, eu criei Leonam. É comum, no entanto, as criaturas se rebelarem contra o seu criador. Daí Leonam entender que não é o escritor quem cria personagens.

Para ele, as criaturas ficcionadas existem por si mesmas, numa dimensão que ele designa de terceiro mundo. Caberia ao escritor apenas oferecer condições para revestir os personagens com roupagens especiais que lhes dão vida, vigor e vitalidade, a ponto de se tornarem pessoas concretas.

Além disso, não conformado com sua configuração de personagem-narrador, ele se arvorou a escritor também. Que seja assim, então. Que seja como ele quer: este livro é dele. E eu fico com o papel daquele que providenciou condições para ele atuar.

Fico à espera de ele se dar conta de uma coisa: os quinze outros personagens que vieram junto com ele não são produtos da sua imaginação, da sua intuição, da sua criatividade.

Se a tese que ele sustenta de que as criaturas de ficção existem por si só estiver correta, cabendo ao escritor apenas a oferta de condições para sua concretização, ele não fez isso com nenhuma das criaturas que habitam o livro que ele garante ser dele.

Não custa, porém, aventar a possibilidade de que, mesmo não produzindo condições para os outros personagens existirem, Leonam os tenha trazido consigo, sem necessitar da ajuda de ninguém.

Ele, que se tem em conta de pessoa simples, muitas vezes confunde simplicidade com arrogância, assumindo-se como se fosse o próprio Sagitário, quando afirma: “sou sagitariano e Sagitário tem a generosidade do sábio. Isso me serve de alento. Ele é em mim, por projeção. Eu sou nele, por atavismo”.

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