O Ensino Da Filosofia No Limiar Da Contemporaneidade

Gosto de pensar este livro como um ato de pensamento.
Minha intenção não foi partir de problemas que fossem de grande impacto teórico ou que pudessem sê-lo, tendo como inspiração aquilo que Foucault chamou de coragem do pensamento.


Por isso, meu ponto de partida foi simplesmente uma questão que atacou meu pensamento na atividade docente e que me tomou como um problema de pesquisa, conforme poderá ser notado na Apresentação do problema. Talvez tenha escolhido pensar desse modo para não me distanciar de mim mesmo e das coisas que considero importantes. No entanto, essa estratégia tem um preço.
Mas, para não correr o risco de me afastar daquilo que julgo importante, decidi percorrer o caminho que fazia mais sentido para mim.
Sempre ouvi dizer que fazer uma pesquisa exige que entremos no pensamento de autores para apresentá-los sem cometer injustiças contra aqueles que nos acompanham em nosso solitário exercício de escritura. Exige que sejamos coerentes com os pensamentos daqueles com os quais dialogamos para escrever nossos próprios pensamentos.
Exige a busca de um estilo de escrita que seja academicamente aceito, em que o rigor e a clareza estejam sempre presentes.
Exige a apresentação de uma habilidade cirúrgica no trato daquilo que foi lido e na apresentação de ideias de inúmeros autores sobre um tema, ou sobre um aspecto de um tema. Exige que façamos uma revisão de literatura e que procuremos infinitamente por lugares onde possamos sustentar nossas hipóteses e fundamentar nosso problema.
Todo esse trabalho pode nos levar ao esquecimento dos motivos que nos levaram a pesquisar determinado assunto, autor ou problema.
Com essas exigências que muitas vezes nos são impostas, é muito fácil esquecermos os verdadeiros motivos que nos levam a fazer uma pesquisa.
Somos conduzidos o tempo todo a isso pelas inúmeras metodologias de pesquisa que devemos seguir, os inúmeros autores importantes que devemos ler, as inúmeras exigências que a academia nos impõe. Tendo tudo isso como preocupação constante, optei por traçar um caminho próprio (que muitas vezes se tornou um pouco heterodoxo), inspirado pelo surfista de Deleuze (1990), pois achava ser o mais coerente com aquilo em que eu acreditava: precisava pensar algo que fizesse sentido para minha própria vida.
Por isso, escolhi pensar um problema que me afetasse verdadeiramente e não que se enunciasse a partir de questões continuamente retomadas pelas pesquisas acadêmicas, como uma forma ritualizada que aprisiona o ato de pensar a uma confirmação interior daquilo que experienciamos. Esse problema que foi me tomando aos poucos, que foi invadindo o meu pensamento, em todos os seus aspectos – profissional, pessoal, intelectual, afetivo –, é o ensino da Filosofia.

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Minha intenção não foi partir de problemas que fossem de grande impacto teórico ou que pudessem sê-lo, tendo como inspiração aquilo que Foucault chamou de coragem do pensamento.
Por isso, meu ponto de partida foi simplesmente uma questão que atacou meu pensamento na atividade docente e que me tomou como um problema de pesquisa, conforme poderá ser notado na Apresentação do problema. Talvez tenha escolhido pensar desse modo para não me distanciar de mim mesmo e das coisas que considero importantes. No entanto, essa estratégia tem um preço.
Mas, para não correr o risco de me afastar daquilo que julgo importante, decidi percorrer o caminho que fazia mais sentido para mim.
Sempre ouvi dizer que fazer uma pesquisa exige que entremos no pensamento de autores para apresentá-los sem cometer injustiças contra aqueles que nos acompanham em nosso solitário exercício de escritura. Exige que sejamos coerentes com os pensamentos daqueles com os quais dialogamos para escrever nossos próprios pensamentos.
Exige a busca de um estilo de escrita que seja academicamente aceito, em que o rigor e a clareza estejam sempre presentes.
Exige a apresentação de uma habilidade cirúrgica no trato daquilo que foi lido e na apresentação de ideias de inúmeros autores sobre um tema, ou sobre um aspecto de um tema. Exige que façamos uma revisão de literatura e que procuremos infinitamente por lugares onde possamos sustentar nossas hipóteses e fundamentar nosso problema.
Todo esse trabalho pode nos levar ao esquecimento dos motivos que nos levaram a pesquisar determinado assunto, autor ou problema.
Com essas exigências que muitas vezes nos são impostas, é muito fácil esquecermos os verdadeiros motivos que nos levam a fazer uma pesquisa.
Somos conduzidos o tempo todo a isso pelas inúmeras metodologias de pesquisa que devemos seguir, os inúmeros autores importantes que devemos ler, as inúmeras exigências que a academia nos impõe. Tendo tudo isso como preocupação constante, optei por traçar um caminho próprio (que muitas vezes se tornou um pouco heterodoxo), inspirado pelo surfista de Deleuze (1990), pois achava ser o mais coerente com aquilo em que eu acreditava: precisava pensar algo que fizesse sentido para minha própria vida.
Por isso, escolhi pensar um problema que me afetasse verdadeiramente e não que se enunciasse a partir de questões continuamente retomadas pelas pesquisas acadêmicas, como uma forma ritualizada que aprisiona o ato de pensar a uma confirmação interior daquilo que experienciamos. Esse problema que foi me tomando aos poucos, que foi invadindo o meu pensamento, em todos os seus aspectos – profissional, pessoal, intelectual, afetivo –, é o ensino da Filosofia.

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