Fármacos, Remédios, Medicamentos

Fármacos, Remédios, Medicamentos, leitura necessária aos profissionais que transitam pelo campo educacional e na intersecção entre saúde e educação.

A obra que ora chega às mãos do leitor versa sobre esses questionamentos. A organização de Fármacos, Remédios, Medicamentos: O Que A Educação Tem Com Isso? pelos professores Ricardo Burg Ceccim e Cláudia Rodrigues de Freitas, configura-se como um projeto ousado e necessário. Traz para o cerne da discussão questões que ainda ocupam um lugar periférico no interior das escolas, nos processos formativos dos profissionais da educação e da saúde e no âmbito acadêmico.

O livro, ao se questionar sobre as relações da educação com os processos de medicalização e medicamentalização, convoca a educação e a escola a se pensarem como elementos constitutivos dessa produção.

O ambiente escolar se apresenta como um espaço potente para colocar em operação toda essa maquinaria manifestada através das “crianças que nãoaprendem-na-escola”. Um processo que se engendra a partir de uma suposta normalização que intenciona identificar e classificar o comportamento humano a partir dos preceitos clínicos.

Coisificamos a vida, objetificamos o corpo, intencionamos à normalidade. A medicalização da vida envolve o controle de cada corpo e a tentativa de sua conversão em um corpo normal, conhecido e previsível. A escola aceita de forma pacífica a redução da complexidade do viver em objeto passível de análise e controle. Uma redução expressa em listas de sintomas e em checklists comportamentais que objetivam nomear e enquadrar sujeitos circunscritos em um diagnóstico.

Um diagnóstico clínico gera prognósticos de vida, de aprendizagem e de escolarização, traduzidos muitas vezes no uso de fármacos e na administração de pílulas capazes de fazer a atenção focar, o corpo parar, a ansiedade baixar e a performance cognitiva melhorar. Medicamentos destinados às “doenças do não aprender” e que prometem auxiliar no desempenho acadêmico dos alunos.

Os efeitos no corpo e na vida diante da administração medicamentosa de uso contínuo, por um longo período, parecem não encontrar eco para serem problematizados frente à “satisfação” imediata que os mesmos produzem.

Fármacos, Remédios, Medicamentos: O Que A Educação Tem Com Isso? se apresenta como uma leitura necessária e indispensável aos profissionais que transitam pelo campo educacional e na intersecção entre saúde e educação.

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O livro, ao se questionar sobre as relações da educação com os processos de medicalização e medicamentalização, convoca a educação e a escola a se pensarem como elementos constitutivos dessa produção.

O ambiente escolar se apresenta como um espaço potente para colocar em operação toda essa maquinaria manifestada através das “crianças que nãoaprendem-na-escola”. Um processo que se engendra a partir de uma suposta normalização que intenciona identificar e classificar o comportamento humano a partir dos preceitos clínicos.

Coisificamos a vida, objetificamos o corpo, intencionamos à normalidade. A medicalização da vida envolve o controle de cada corpo e a tentativa de sua conversão em um corpo normal, conhecido e previsível. A escola aceita de forma pacífica a redução da complexidade do viver em objeto passível de análise e controle. Uma redução expressa em listas de sintomas e em checklists comportamentais que objetivam nomear e enquadrar sujeitos circunscritos em um diagnóstico.

Um diagnóstico clínico gera prognósticos de vida, de aprendizagem e de escolarização, traduzidos muitas vezes no uso de fármacos e na administração de pílulas capazes de fazer a atenção focar, o corpo parar, a ansiedade baixar e a performance cognitiva melhorar. Medicamentos destinados às “doenças do não aprender” e que prometem auxiliar no desempenho acadêmico dos alunos.

Os efeitos no corpo e na vida diante da administração medicamentosa de uso contínuo, por um longo período, parecem não encontrar eco para serem problematizados frente à “satisfação” imediata que os mesmos produzem.

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