Chão De Ferro

Chão De Ferro - O título do livro não deixa mesmo margem para dúvidas: Chão De Ferro é o chão de Minas Gerais. A Minas Gerais natal de Pedro Nava.

O chão de ferro por onde sua família materna se movimentou desde o século XVIII, o chão de Belo Horizonte, a nova e moderna capital do estado, para onde sua família se mudou em 1914.
O chão de ferro da serra do Curral, cujos óxidos formam uma surpreendente paleta de amarelos, alaranjados, ocres e ferruginosos na pena do narrador: Ah! chão prodigioso, tinto de todas as gradações! partindo dos graves de trombone do marrom até às clarinadas amarelouro.
Publicado originalmente em 1976, Chão De Ferro aborda principalmente a vivência carioca do autor mineiro na primeira metade do século XX. Aquele Rio que, como dizia um famoso cronista da Belle Époque, “modernizava-se”. Ou seja, já passara - não sem algum trauma - pelas reformas urbanísticas empreendidas pelo prefeito Pereira Passos, adotava os confortos da modernidade (o automóvel, o rádio, os primórdios da indústria cultural). E Minas Gerais sempre dando a perspectiva das coisas.
O narrador se desloca de trem entre esses dois polos todo o tempo: no Rio está o colégio interno; em Minas, as férias com a família e, posteriormente, a faculdade em que ingressa em 1921. Não são polos meramente geográficos, mas dimensões existenciais, afetivas, intelectuais, sociais, culturais e civilizatórias distintas.
Concentrando ações transcorridas entre 1916 e 1921, Chão De Ferro se abre e se fecha descrevendo aulas, no tradicional e reputado colégio Pedro II e na Faculdade de Medicina. “Campo de São Cristóvão”, título do primeiro capítulo, praticamente forma um só capítulo com o último de Balão cativo, o volume anterior já lançado pela Companhia das Letras. Os dois capítulos juntos narram uma história do Pedro II a partir da experiência do narrador no colégio.
“Rua Major Ávila” narra os anos de 1917 e 1918, em que passava as folgas do colégio na companhia dos seus tios paternos. O mesmo convívio é recriado em “Avenida Pedro Ivo”, reconstituindo acontecimentos de 1919-20. “Rua da Bahia”, o último capítulo, marca a volta do narrador, terminado o colégio, para a companhia da mãe, e de sua família nuclear, em Belo Horizonte, para preparar-se para o ingresso na faculdade.

 

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Chão De Ferro – O título do livro não deixa mesmo margem para dúvidas: Chão De Ferro é o chão de Minas Gerais. A Minas Gerais natal de Pedro Nava. O chão de ferro por onde sua família materna se movimentou desde o século XVIII, o chão de Belo Horizonte, a nova e moderna capital do estado, para onde sua família se mudou em 1914.
O chão de ferro da serra do Curral, cujos óxidos formam uma surpreendente paleta de amarelos, alaranjados, ocres e ferruginosos na pena do narrador: Ah! chão prodigioso, tinto de todas as gradações! partindo dos graves de trombone do marrom até às clarinadas amarelouro.
Publicado originalmente em 1976, Chão De Ferro aborda principalmente a vivência carioca do autor mineiro na primeira metade do século XX. Aquele Rio que, como dizia um famoso cronista da Belle Époque, “modernizava-se”. Ou seja, já passara – não sem algum trauma – pelas reformas urbanísticas empreendidas pelo prefeito Pereira Passos, adotava os confortos da modernidade (o automóvel, o rádio, os primórdios da indústria cultural). E Minas Gerais sempre dando a perspectiva das coisas.
O narrador se desloca de trem entre esses dois polos todo o tempo: no Rio está o colégio interno; em Minas, as férias com a família e, posteriormente, a faculdade em que ingressa em 1921. Não são polos meramente geográficos, mas dimensões existenciais, afetivas, intelectuais, sociais, culturais e civilizatórias distintas.
Concentrando ações transcorridas entre 1916 e 1921, Chão De Ferro se abre e se fecha descrevendo aulas, no tradicional e reputado colégio Pedro II e na Faculdade de Medicina. “Campo de São Cristóvão”, título do primeiro capítulo, praticamente forma um só capítulo com o último de Balão cativo, o volume anterior já lançado pela Companhia das Letras. Os dois capítulos juntos narram uma história do Pedro II a partir da experiência do narrador no colégio.
“Rua Major Ávila” narra os anos de 1917 e 1918, em que passava as folgas do colégio na companhia dos seus tios paternos. O mesmo convívio é recriado em “Avenida Pedro Ivo”, reconstituindo acontecimentos de 1919-20. “Rua da Bahia”, o último capítulo, marca a volta do narrador, terminado o colégio, para a companhia da mãe, e de sua família nuclear, em Belo Horizonte, para preparar-se para o ingresso na faculdade.

 

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