Berkeley Em 90 Minutos

Berkeley é o tipo de filósofo que dá má reputação à filosofia. Quando se lê o seu trabalho pela primeira vez, ele parece absurdo. E está certo, ele é. A filosofia de Berkeley nega a existência da matéria. De acordo com ele, não existe mundo material.


A filosofia moderna havia começado no século XVII com o filósofo francês René Descartes, que defendia que nosso único conhecimento de mundo verdadeiro era baseado na razão. Mais de meio século depois, esse cartesianismo, como foi chamado, foi contestado pelo filósofo inglês John Locke, que fundou o empirismo. Locke assumiu uma postura mais aceitável para o senso comum, afirmando que o nosso único conhecimento de mundo verdadeiro tem que ser baseado na experiência.
Tudo indicaria que a filosofia não fosse permanecer presa na camisa-de-força do senso comum por muito tempo. Apenas vinte anos após o Ensaio sobre o entendimento humano de Locke, apareceu o Ensaio para uma nova teoria da visão, de Berkeley, que libertou a filosofia do que muitos de nós consideramos a realidade. Isso conduziu o pensamento empírico de Locke para algumas conclusões um tanto distantes do senso comum. De acordo com Berkeley, se o nosso conhecimento está baseado inteiramente na experiência, somente podemos conhecer a nossa própria experiência. Na verdade, não conhecemos o mundo, apenas as nossas percepções particulares dele. Então o que acontece com o mundo quando não o estamos experimentando? No que nos diz respeito, ele simplesmente deixa de existir.
Portanto, de acordo com Berkeley, quando não se vê algo, esse algo não existe. Essa postura é adotada por crianças que tapam os olhos quando não querem comer espinafre e jiló. Quando já atingimos o sublime status em que comemos o nosso espinafre e os legumes separadamente (ou nem um pouco), geralmente é porque já superamos essa atitude. Mas para Berkeley não. Segundo ele, uma árvore não existe se não a vemos ou a apreendemos de outra maneira qualquer, como o toque ou o cheiro. Então o que acontece com a árvore?

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Berkeley Em 90 Minutos

Berkeley é o tipo de filósofo que dá má reputação à filosofia. Quando se lê o seu trabalho pela primeira vez, ele parece absurdo. E está certo, ele é. A filosofia de Berkeley nega a existência da matéria. De acordo com ele, não existe mundo material.
A filosofia moderna havia começado no século XVII com o filósofo francês René Descartes, que defendia que nosso único conhecimento de mundo verdadeiro era baseado na razão. Mais de meio século depois, esse cartesianismo, como foi chamado, foi contestado pelo filósofo inglês John Locke, que fundou o empirismo. Locke assumiu uma postura mais aceitável para o senso comum, afirmando que o nosso único conhecimento de mundo verdadeiro tem que ser baseado na experiência.
Tudo indicaria que a filosofia não fosse permanecer presa na camisa-de-força do senso comum por muito tempo. Apenas vinte anos após o Ensaio sobre o entendimento humano de Locke, apareceu o Ensaio para uma nova teoria da visão, de Berkeley, que libertou a filosofia do que muitos de nós consideramos a realidade. Isso conduziu o pensamento empírico de Locke para algumas conclusões um tanto distantes do senso comum. De acordo com Berkeley, se o nosso conhecimento está baseado inteiramente na experiência, somente podemos conhecer a nossa própria experiência. Na verdade, não conhecemos o mundo, apenas as nossas percepções particulares dele. Então o que acontece com o mundo quando não o estamos experimentando? No que nos diz respeito, ele simplesmente deixa de existir.
Portanto, de acordo com Berkeley, quando não se vê algo, esse algo não existe. Essa postura é adotada por crianças que tapam os olhos quando não querem comer espinafre e jiló. Quando já atingimos o sublime status em que comemos o nosso espinafre e os legumes separadamente (ou nem um pouco), geralmente é porque já superamos essa atitude. Mas para Berkeley não. Segundo ele, uma árvore não existe se não a vemos ou a apreendemos de outra maneira qualquer, como o toque ou o cheiro. Então o que acontece com a árvore?

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog