Gênero E Ciências Humanas

Neuma Aguiar (Org.) - Gênero E Ciências Humanas: Desafio Às Ciências Desde A Perspectiva Das Mulheres
A pesquisa associada ao ensino, que em nível de graduação teria reduzido a propensão para a militância política estudantil, é hipótese comum enunciada em alguns departamentos de Ciências Humanas no Brasil.


Do mesmo modo, analisa-se a relação existente entre pesquisa e estudos universitários de mulheres, quando se discute a melhor maneira de observar o lugar das mulheres nas Ciências Humanas, se por intermédio da pesquisa, do ensino, ou de ambos.
A pesquisa reduziria o interesse político de estudantes na militância feminista? Curiosamente esta interpretação vem sendo formulada tanto no meio acadêmico quanto no movimento social.
Associar desinteresse político com o conhecimento científico, no entanto, representa uma simplificação dos fatos. Novas questões, contudo, necessitam ser levantadas, antes que se procure uma resposta para esta indagação inicial.
Seria o feminismo uma ideologia política ou uma perspectiva crítica do conhecimento que, superando os preconceitos de gênero nas relações sociais, teria um lugar importante na revisão de ciências que omitem as mulheres.
Nesta situação, isto é, enquanto ideologia, estaria o feminismo divorciado do conhecimento científico?
Por outro lado, enquanto crítica do pensamento excludente, não seria esta mesma perspectiva uma contribuição à análise das ideologias, possibilitando um distanciamento dos preconceitos e, portanto, um aprimoramento das práticas científicas?
Subjacente a essas perguntas encontra-se uma outra: vencida a etapa de politização nas universidades, haveria lugar para o feminismo na formação em nível superior?
Seria esta uma nova forma de militância política semelhante à do passado? Ou um arranjo derivado de condições fragmentárias correntes no processo de participação política?
A visão de que o feminismo não tem lugar no espaço institucional das universidades é uma perspectiva que se apreende tanto no movimento feminista quanto na área acadêmica.
Encontram-se, atualmente, pelo menos duas posições no movimento social referentes às contribuições de feministas para a educação de terceiro grau.
Gênero E Ciências Humanas apresenta um balanço das disciplinas em que tem surgido uma produção significativa sobre estudos de mulheres e de gênero - Sociologia, Antropologia, Demografia, Economia, História, Psicanálise e Literatura -, e empreende um debate teórico que possibilita a revisão dos conceitos de sexo, gênero e mulher, discutindo as suas ambiguidades e avanços no contexto científico.

 

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Do mesmo modo, analisa-se a relação existente entre pesquisa e estudos universitários de mulheres, quando se discute a melhor maneira de observar o lugar das mulheres nas Ciências Humanas, se por intermédio da pesquisa, do ensino, ou de ambos.
A pesquisa reduziria o interesse político de estudantes na militância feminista? Curiosamente esta interpretação vem sendo formulada tanto no meio acadêmico quanto no movimento social.
Associar desinteresse político com o conhecimento científico, no entanto, representa uma simplificação dos fatos. Novas questões, contudo, necessitam ser levantadas, antes que se procure uma resposta para esta indagação inicial.
Seria o feminismo uma ideologia política ou uma perspectiva crítica do conhecimento que, superando os preconceitos de gênero nas relações sociais, teria um lugar importante na revisão de ciências que omitem as mulheres.
Nesta situação, isto é, enquanto ideologia, estaria o feminismo divorciado do conhecimento científico?
Por outro lado, enquanto crítica do pensamento excludente, não seria esta mesma perspectiva uma contribuição à análise das ideologias, possibilitando um distanciamento dos preconceitos e, portanto, um aprimoramento das práticas científicas?
Subjacente a essas perguntas encontra-se uma outra: vencida a etapa de politização nas universidades, haveria lugar para o feminismo na formação em nível superior?
Seria esta uma nova forma de militância política semelhante à do passado? Ou um arranjo derivado de condições fragmentárias correntes no processo de participação política?
A visão de que o feminismo não tem lugar no espaço institucional das universidades é uma perspectiva que se apreende tanto no movimento feminista quanto na área acadêmica.
Encontram-se, atualmente, pelo menos duas posições no movimento social referentes às contribuições de feministas para a educação de terceiro grau.
Gênero E Ciências Humanas apresenta um balanço das disciplinas em que tem surgido uma produção significativa sobre estudos de mulheres e de gênero – Sociologia, Antropologia, Demografia, Economia, História, Psicanálise e Literatura -, e empreende um debate teórico que possibilita a revisão dos conceitos de sexo, gênero e mulher, discutindo as suas ambiguidades e avanços no contexto científico.

 

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