O Que É Cristianismo Da Libertação

O Que É Cristianismo Da Libertação fornece uma introdução geral ao estudo dos novos acontecimentos no campo de força político-religioso da América Latina.

Por que, afinal, devemos (re)ler o livro de Michael Löwy sobre o Cristianismo da Libertação, passados dezesseis anos de sua primeira edição? Há, ainda, sentido em nos debruçarmos sobre esse fenômeno político/teológico que foi tão importante em nosso país e na América Latina, e mais importante ainda para as esquerdas brasileiras e latino-americanas?

Decerto que a resposta é positiva. Como bem demonstra Löwy, o Cristianismo da Libertação – surgido em meados da década de 1960 – foi um dos principais movimentos sociais latino-americanos, mais amplo que a Igreja Católica, com especial força em algumas nações, o Brasil entre elas.

Em suas palavras, “sem a existência desse movimento social não poderíamos entender fenômenos sociais e históricos de tal importância como a emergência do novo movimento trabalhista no Brasil e o surgimento da revolução na América Central (bem como, em épocas mais recentes, Chiapas)”.

Entretanto, queremos afirmar aqui que a relevância desse livro e de seu objeto estão muito além do (importante) interesse historiográfico em um movimento social cujo auge se deu na segunda metade do século passado.

Em nossa opinião, e nisso seguimos Löwy, o Cristianismo da Libertação é um movimento que ainda não acabou, suas “sementes” nas lutas dos povos latino-americanos permanecem férteis e os desejos e as possibilidades de imaginação, de novos e outros mundos, seguem abertas e necessárias.

A possibilidade e a urgência de se ampliar procedimentos teórico-metodológicos para além dos lugares e terrenos conceituais fixos e bem cercados. Tanto em sua leitura sobre Benjamin, a sua interpretação sobre o “marxismo weberiano” e a sua análise sobre o “cristianismo de libertação” e a “guerra dos deuses”, Löwy procura:

I) evidenciar particularidades e diferenças e forjar possíveis unidades entre categorias e métodos distintos (como visto no primeiro capítulo desse livro ou na sua abordagem sobre Benjamin);
II) colocar-se nos “entre-lugares” fronteiriços no ponto de vista vivencial e epistemológico (como entre o marxismo e o “cristianismo de libertação”);
III) negociar conceitos e procedimentos de análise, para além dos espaços ociosos e monótonos de teorias colocadas para a simples contemplação e repetição; e IV) evidenciar – nas ambivalências conceituais e metodológicas (como no marxismo weberiano) – elementos capazes de favorecer um necessário e urgente “engajamento político anticapitalista” nos dias atuais.

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Decerto que a resposta é positiva. Como bem demonstra Löwy, o Cristianismo da Libertação – surgido em meados da década de 1960 – foi um dos principais movimentos sociais latino-americanos, mais amplo que a Igreja Católica, com especial força em algumas nações, o Brasil entre elas.

Em suas palavras, “sem a existência desse movimento social não poderíamos entender fenômenos sociais e históricos de tal importância como a emergência do novo movimento trabalhista no Brasil e o surgimento da revolução na América Central (bem como, em épocas mais recentes, Chiapas)”.

Entretanto, queremos afirmar aqui que a relevância desse livro e de seu objeto estão muito além do (importante) interesse historiográfico em um movimento social cujo auge se deu na segunda metade do século passado.

Em nossa opinião, e nisso seguimos Löwy, o Cristianismo da Libertação é um movimento que ainda não acabou, suas “sementes” nas lutas dos povos latino-americanos permanecem férteis e os desejos e as possibilidades de imaginação, de novos e outros mundos, seguem abertas e necessárias.

A possibilidade e a urgência de se ampliar procedimentos teórico-metodológicos para além dos lugares e terrenos conceituais fixos e bem cercados. Tanto em sua leitura sobre Benjamin, a sua interpretação sobre o “marxismo weberiano” e a sua análise sobre o “cristianismo de libertação” e a “guerra dos deuses”, Löwy procura:

I) evidenciar particularidades e diferenças e forjar possíveis unidades entre categorias e métodos distintos (como visto no primeiro capítulo desse livro ou na sua abordagem sobre Benjamin);
II) colocar-se nos “entre-lugares” fronteiriços no ponto de vista vivencial e epistemológico (como entre o marxismo e o “cristianismo de libertação”);
III) negociar conceitos e procedimentos de análise, para além dos espaços ociosos e monótonos de teorias colocadas para a simples contemplação e repetição; e IV) evidenciar – nas ambivalências conceituais e metodológicas (como no marxismo weberiano) – elementos capazes de favorecer um necessário e urgente “engajamento político anticapitalista” nos dias atuais.

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