Os Fundamentos Racionais E Sociológicos Da Música

Os Fundamentos Racionais E Sociológicos Da Música, de Max Weber, é atualmente considerada a peça fundadora da sociologia da música.

Entre os fundadores da sociologia, foi Max Weber quem estudou e escreveu de modo mais sistemático e aprofundado sobre a arte, como mostra o seu trabalho dedicado à música moderna ocidental, Os Fundamentos Racionais E Sociológicos Da Música.

Neste texto menos difundido de Weber, o estudo da esfera artística e da música, em particular, constitui outra via de conjugar o tema de fundo das obras weberianas: o processo de racionalização, tendo por referência a especificidade das suas diversas manifestações no mundo ocidental moderno.

Escrita por volta de 1911, Os Fundamentos Racionais E Sociológicos Da Música manteve-se, durante décadas, secundarizada no lugar de apêndice do livro Economia e Sociedade, de 1922. Traduzida nos EUA no final dos anos 50 do século XX, é atualmente considerada a peça fundadora da sociologia da música.

Na sua análise da esfera artística e da música, em especial, enquanto manifestação da racionalização cultural, Weber concentrou-se na arte, dando ênfase aos meios técnicos e ao modo como a racionalização os atingiu e influenciou desenvolvimentos aos níveis da criação e da recepção, passando pela difusão.

Com esta abordagem abre-se e desenvolve-se, de forma rasgada, a visão de que a arte — tendo, como todas as diversas esferas têm, linhas de ação próprias — se relaciona, em ligações de menor ou maior tensão, com outras dimensões da vida social.

Na primeira parte de Os Fundamentos Racionais E Sociológicos Da Música é focada a racionalização dos materiais sonoros. Uma linha condutora liga o que representa para Weber a circunstância inicial decisiva para o processo de racionalização — a divisão aritmética da oitava e a consequente criação dos intervalos — até à formulação do que entende ser o fato fundamental da racionalização do material musical sonoro: o temperamento.

Neste percurso é largamente usado o método comparativista característico da sociologia weberiana, apreciando-se em paralelo sistemas sonoros do Ocidente e do Oriente — com a finalidade de salientar diferenças e fundamentar a música racionalizada harmonicamente (a ocidental), em contraposição com a música racionalizada de forma não harmônica, que privilegia a melodia (a oriental).

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Neste texto menos difundido de Weber, o estudo da esfera artística e da música, em particular, constitui outra via de conjugar o tema de fundo das obras weberianas: o processo de racionalização, tendo por referência a especificidade das suas diversas manifestações no mundo ocidental moderno.

Escrita por volta de 1911, Os Fundamentos Racionais E Sociológicos Da Música manteve-se, durante décadas, secundarizada no lugar de apêndice do livro Economia e Sociedade, de 1922. Traduzida nos EUA no final dos anos 50 do século XX, é atualmente considerada a peça fundadora da sociologia da música.

Na sua análise da esfera artística e da música, em especial, enquanto manifestação da racionalização cultural, Weber concentrou-se na arte, dando ênfase aos meios técnicos e ao modo como a racionalização os atingiu e influenciou desenvolvimentos aos níveis da criação e da recepção, passando pela difusão.

Com esta abordagem abre-se e desenvolve-se, de forma rasgada, a visão de que a arte — tendo, como todas as diversas esferas têm, linhas de ação próprias — se relaciona, em ligações de menor ou maior tensão, com outras dimensões da vida social.

Na primeira parte de Os Fundamentos Racionais E Sociológicos Da Música é focada a racionalização dos materiais sonoros. Uma linha condutora liga o que representa para Weber a circunstância inicial decisiva para o processo de racionalização — a divisão aritmética da oitava e a consequente criação dos intervalos — até à formulação do que entende ser o fato fundamental da racionalização do material musical sonoro: o temperamento.

Neste percurso é largamente usado o método comparativista característico da sociologia weberiana, apreciando-se em paralelo sistemas sonoros do Ocidente e do Oriente — com a finalidade de salientar diferenças e fundamentar a música racionalizada harmonicamente (a ocidental), em contraposição com a música racionalizada de forma não harmônica, que privilegia a melodia (a oriental).

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