Desejo: Sentido Originário E Consciência Ética No Pensamento De Levinas

Este livro tem como tarefa explicitar o pano de fundo fenomenológico a partir do qual se elabora o conceito levinasiano de Desejo. Procuramos, além disso, mostrar em que medida o referido conceito não só representa uma crítica ética ao predomínio do saber

, mas também que o Desejo é o móbil fundamental - sentido originário - da atividade teórico-critica, necessária à filosofia.
Em Levinas, o Desejo é uma saída de si em direção ao Outro, um abalo da afirmação do ser. Mas como pensar o Desejo? Como explicitar seu movimento? Pode a fenomenologia descrever sua própria suspensão, o seu próprio questionamento? Pretendemos mostrar que, partindo do mundo das intenções, tanto teóricas quanto vitais, Levinas chega a um tipo de intencionalidade que não visa ao preenchimento e à cumulação. O Desejo é, portanto, suscitado por uma relação capaz de colocar em questão a busca de satisfação presente em toda a atividade teórica, bem como em toda compreensão do ser. Por isso, mais do que fundamentar o saber, mais do que compreender o ser, Levinas nos conduz a um modo de pensar que pressupõe o Desejo como instância critica fundamental, como móvel da própria atividade filosófica.
Para levar adiante esta discussão que parte do pano de fundo fenomenológico e vai até a metafísica em sentido levinasiano, seria imprescindível considerar as noções fundamentais de rosto, infinito, responsabilidade, entre outras. Porém, no âmbito desta pesquisa, dirigimos nossa atenção ao conceito de Desejo, a fim de compreender como ele se contrapõe à intencionalidade teórica, bem como ao cuidado, em sentido heideggeriano.
Notamos, ao longo desta investigação, que o pensamento de Levinas está estreitamente ligado à fenomenologia, de tal modo que compreender o seu pensamento requer, em primeiro lugar, uma passagem por Husserl (o incontornável). Nosso interesse aqui não é somente mostrar uma simples dependência do discípulo em relação ao Mestre, mas sublinhar como a filosofia, digamos, meta-fenomenológica de Levinas repensa e radicaliza certas noções centrais da fenomenologia. Uma das noções fundamentais, que será retomada por Levinas, é a ideia de intencionalidade.

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Este livro tem como tarefa explicitar o pano de fundo fenomenológico a partir do qual se elabora o conceito levinasiano de Desejo. Procuramos, além disso, mostrar em que medida o referido conceito não só representa uma crítica ética ao predomínio do saber, mas também que o Desejo é o móbil fundamental – sentido originário – da atividade teórico-critica, necessária à filosofia.
Em Levinas, o Desejo é uma saída de si em direção ao Outro, um abalo da afirmação do ser. Mas como pensar o Desejo? Como explicitar seu movimento? Pode a fenomenologia descrever sua própria suspensão, o seu próprio questionamento? Pretendemos mostrar que, partindo do mundo das intenções, tanto teóricas quanto vitais, Levinas chega a um tipo de intencionalidade que não visa ao preenchimento e à cumulação. O Desejo é, portanto, suscitado por uma relação capaz de colocar em questão a busca de satisfação presente em toda a atividade teórica, bem como em toda compreensão do ser. Por isso, mais do que fundamentar o saber, mais do que compreender o ser, Levinas nos conduz a um modo de pensar que pressupõe o Desejo como instância critica fundamental, como móvel da própria atividade filosófica.
Para levar adiante esta discussão que parte do pano de fundo fenomenológico e vai até a metafísica em sentido levinasiano, seria imprescindível considerar as noções fundamentais de rosto, infinito, responsabilidade, entre outras. Porém, no âmbito desta pesquisa, dirigimos nossa atenção ao conceito de Desejo, a fim de compreender como ele se contrapõe à intencionalidade teórica, bem como ao cuidado, em sentido heideggeriano.
Notamos, ao longo desta investigação, que o pensamento de Levinas está estreitamente ligado à fenomenologia, de tal modo que compreender o seu pensamento requer, em primeiro lugar, uma passagem por Husserl (o incontornável). Nosso interesse aqui não é somente mostrar uma simples dependência do discípulo em relação ao Mestre, mas sublinhar como a filosofia, digamos, meta-fenomenológica de Levinas repensa e radicaliza certas noções centrais da fenomenologia. Uma das noções fundamentais, que será retomada por Levinas, é a ideia de intencionalidade.

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