Águas, Trilhos E Manacás: As Cores Da Memória

Novamente, as narrativas. Que belo que sejam narrativas! Pois elas são a única chance que temos de o mundo não se tornar estranho ao lado de nós e as pessoas não se transformarem em meros objetos. E é isso o que temos nas páginas que se seguem, trabalhadas pelo Marcelo com a presença de inúmeros narradores e narradoras.
Quem estudou bastante as histórias, reais ou fictícias, inventadas (mas que sempre têm muito de realidade!) mostrou que a descrição de pessoas e objetos faz com que o relógio pare. Aí, o que funciona é o enquadramento de tudo no espaço: as casas, as pessoas, as ruas, a vegetação, a memória lenta, os detalhes dos corpos humanos, a natureza, mesmo que seja um vulcão em erupção. Quando se começa a narrar, tudo muda: o relógio volta a funcionar. E se os relógios funcionam, a vida entra em movimento. A ação, as falas, os gritos, talvez os tiros e as máquinas em seus murmúrios e rugidos.
Geralmente, a memória fica entre o narrar e o descrever. Mas é mais narrativa que descrição. Nas histórias que recuperam imagens, vidas, significações e fatos de Paranapiacaba, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá e Santo André há muita memória e não há barulhos de trens. Ocorre que não é um filme, mas sim um conjunto de narrativas. No entanto, quantos trens e todos os seus barulhos vêm à nossa cabeça, quantas chaminés fumegam, quantas carroças trilham caminhos do trabalho difícil, quantas pessoas saem do esquecimento e retornam a se sentar conosco neste encontro gostoso do ato de narrar. Há boas descrições, sem dúvida, como a realização de festas, o esforço em fazer um filme, os detalhes de ruas e caminhos, a altura das casas e monumentos ou as cores de desenhos e pinturas. Com a devida atenção, tudo será descoberto nas próximas páginas, nas quais todos e todas são convidados e convidadas a entrar e ler com cuidado e carinho. Dessa leitura pode depender o melhor conhecimento desta região, onde nascemos ou que adotamos para viver, fincar raízes, criar os filhos e, por que não, até morrer e ficar para sempre.

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Novamente, as narrativas. Que belo que sejam narrativas! Pois elas são a única chance que temos de o mundo não se tornar estranho ao lado de nós e as pessoas não se transformarem em meros objetos. E é isso o que temos nas páginas que se seguem, trabalhadas pelo Marcelo com a presença de inúmeros narradores e narradoras.
Quem estudou bastante as histórias, reais ou fictícias, inventadas (mas que sempre têm muito de realidade!) mostrou que a descrição de pessoas e objetos faz com que o relógio pare. Aí, o que funciona é o enquadramento de tudo no espaço: as casas, as pessoas, as ruas, a vegetação, a memória lenta, os detalhes dos corpos humanos, a natureza, mesmo que seja um vulcão em erupção. Quando se começa a narrar, tudo muda: o relógio volta a funcionar. E se os relógios funcionam, a vida entra em movimento. A ação, as falas, os gritos, talvez os tiros e as máquinas em seus murmúrios e rugidos.
Geralmente, a memória fica entre o narrar e o descrever. Mas é mais narrativa que descrição. Nas histórias que recuperam imagens, vidas, significações e fatos de Paranapiacaba, Rio Grande da Serra, Ribeirão Pires, Mauá e Santo André há muita memória e não há barulhos de trens. Ocorre que não é um filme, mas sim um conjunto de narrativas. No entanto, quantos trens e todos os seus barulhos vêm à nossa cabeça, quantas chaminés fumegam, quantas carroças trilham caminhos do trabalho difícil, quantas pessoas saem do esquecimento e retornam a se sentar conosco neste encontro gostoso do ato de narrar. Há boas descrições, sem dúvida, como a realização de festas, o esforço em fazer um filme, os detalhes de ruas e caminhos, a altura das casas e monumentos ou as cores de desenhos e pinturas. Com a devida atenção, tudo será descoberto nas próximas páginas, nas quais todos e todas são convidados e convidadas a entrar e ler com cuidado e carinho. Dessa leitura pode depender o melhor conhecimento desta região, onde nascemos ou que adotamos para viver, fincar raízes, criar os filhos e, por que não, até morrer e ficar para sempre.

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