Élisée Reclus: Coleção Grandes Cientistas Sociais

O geógrafo e militante anarquista Jean Jacques Élisée Reclus, nasceu em 15 de março de 1830, na cidade de Sainte-Foy-la-Grande na França, e faleceu em 4 de julho de 1905. Participou da I Internacional ao lado dos libertários Kropotkin e Bakunin

contra os, segundo ele, comunistas autoritários Marx e Engels em 1865, e da Comuna de Paris em 1871, fazendo frente ao positivismo comtiano, ao evolucionismo e ao marxismo.
Ele era filho do século XIX, portanto a sua formação ideológica teve influência de pessoas de sua época e convivência, como de seu colega de classe, Friedrich Ratzel e de seu professor de geografia na Universidade de Berlim, Karl Ritter.
Começou a ler desde cedo os socialistas utópicos como, Saint-Simon, Fourier e Proudhon. Tornou-se ateu com 22 anos ao abandonar as crenças protestantes.
Na área da geografia, lecionou na Nova Universidade de Bruxelas, onde produziu obras geográficas populares e de qualidade, com ideais de humanismo e de solidariedade entre os povos.
Reclus fez uma exposição geral a respeito da evolução da humanidade — ao mesmo tempo que a diferenciava de revolução —, em sua obra O homem e a Terra, mostrando que as condições sociais do meio modificam as condições naturais, além de julgar necessário que se deva ter certas doses de pressão algumas vezes, a fim de se preparar o terreno para uma futura revolução social, sempre levando em consideração a análise dialética das relações homem/natureza.
Ele salientou também, que a geografia deveria se preocupar mais com o que ele denominava de leis fundamentais da História, a saber: a luta de classes, em que se encontra dividida a sociedade; o equilíbrio através da revolução social; e a contribuição predominante do indivíduo, que somente com sua qualidade e seu aprimoramento intelectual seria possível o progresso.
Grande parte de sua obra, que tem explícita conotação crítica ao governo da França e que mostrava que os anseios do povo divergiam dos anseios das classes dominantes, foi escrita no exílio, devido à sua recusa em apoiar e em escrever de acordo com os interesses do poder, do Estado, da burguesia francesa e de suas aliadas, além dos próprios geógrafos contemporâneos a ele, bem como os que viriam depois, sendo por isso boicotado muitas vezes.

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Ele era filho do século XIX, portanto a sua formação ideológica teve influência de pessoas de sua época e convivência, como de seu colega de classe, Friedrich Ratzel e de seu professor de geografia na Universidade de Berlim, Karl Ritter.
Começou a ler desde cedo os socialistas utópicos como, Saint-Simon, Fourier e Proudhon. Tornou-se ateu com 22 anos ao abandonar as crenças protestantes.
Na área da geografia, lecionou na Nova Universidade de Bruxelas, onde produziu obras geográficas populares e de qualidade, com ideais de humanismo e de solidariedade entre os povos.
Reclus fez uma exposição geral a respeito da evolução da humanidade — ao mesmo tempo que a diferenciava de revolução —, em sua obra O homem e a Terra, mostrando que as condições sociais do meio modificam as condições naturais, além de julgar necessário que se deva ter certas doses de pressão algumas vezes, a fim de se preparar o terreno para uma futura revolução social, sempre levando em consideração a análise dialética das relações homem/natureza.
Ele salientou também, que a geografia deveria se preocupar mais com o que ele denominava de leis fundamentais da História, a saber: a luta de classes, em que se encontra dividida a sociedade; o equilíbrio através da revolução social; e a contribuição predominante do indivíduo, que somente com sua qualidade e seu aprimoramento intelectual seria possível o progresso.
Grande parte de sua obra, que tem explícita conotação crítica ao governo da França e que mostrava que os anseios do povo divergiam dos anseios das classes dominantes, foi escrita no exílio, devido à sua recusa em apoiar e em escrever de acordo com os interesses do poder, do Estado, da burguesia francesa e de suas aliadas, além dos próprios geógrafos contemporâneos a ele, bem como os que viriam depois, sendo por isso boicotado muitas vezes.

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