Qualidade Jornalística: Ensaio Para Uma Matriz De Indicadores

“Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião
e expressão; este direito inclui a liberdade de,
sem interferência, ter opiniões e de procurar,
receber e transmitir informações e idéias por
quaisquer meios e independentemente de
fronteiras.” (Declaração Universal dos Direitos
do Homem, Assembléia Geral das Nações Unidas,
1948)

A notável síntese exposta na redação do Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos do Homem evidencia o quanto a liberdade de expressão, e por via de consequência a liberdade de imprensa, é mais do que um princípio democrático e civilizatório; é, sobretudo, a afirmação inequívoca do direito humano a uma comunicação de qualidade,
veraz, pertinente, fidedigna e consoante com as melhores práticas da convivência cidadã e da vida democrática.
Do ponto de vista do fazer jornalístico, e considerando as profundas transformações por que passou o ofício a partir do advento das revoluções da conectividade e da interatividade – somadas à relativa banalização das tecnologias de informação e comunicação (TICs) –, a busca pela qualidade dos produtos e dos processos de produção agora se revela um desafio diuturno, inadiável e indelegável, responsabilidade de todos e de cada um dos atores envolvidos na produção da informação. Na condição de produtoras e distribuidoras de um bem social de tamanha relevância, e dada a importância do ofício na alimentação do debate público, será prática saudável submeter a atividade jornalística ao escrutínio público como forma de contribuir para aprimorar seus conteúdos e a interlocução com seus públicos. A exposição à crítica, portanto, para além de uma manifestação de transparência editorial, tende a igualmente funcionar como instrumento de apoio a programas de qualidade em organizações preocupadas com o fortalecimento de sua reputação corporativa, com aumento de sua participação no mercado e, em última análise, com a rentabilidade garantidora de sua independência editorial.
Em um contexto de avalancha informativa, no qual o tradicional discurso unívoco dos meios de comunicação cedeu lugar ao diálogo e à ampliação da capacidade de o público também produzir conteúdos informativos, o crescimento exponencial do cardápio disponível de fontes de acesso a notícias, opiniões e análises tende a criar uma “inflação de demanda” no âmbito dos consumidores de informação.

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“Toda pessoa tem direito à liberdade de opiniãoe expressão; este direito inclui a liberdade de,sem interferência, ter opiniões e de procurar,receber e transmitir informações e idéias porquaisquer meios e independentemente defronteiras.”

(Declaração Universal dos Direitos
do Homem, Assembléia Geral das Nações Unidas,
1948)

A notável síntese exposta na redação do Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos do Homem evidencia o quanto a liberdade de expressão, e por via de consequência a liberdade de imprensa, é mais do que um princípio democrático e civilizatório; é, sobretudo, a afirmação inequívoca do direito humano a uma comunicação de qualidade,
veraz, pertinente, fidedigna e consoante com as melhores práticas da convivência cidadã e da vida democrática.
Do ponto de vista do fazer jornalístico, e considerando as profundas transformações por que passou o ofício a partir do advento das revoluções da conectividade e da interatividade – somadas à relativa banalização das tecnologias de informação e comunicação (TICs) –, a busca pela qualidade dos produtos e dos processos de produção agora se revela um desafio diuturno, inadiável e indelegável, responsabilidade de todos e de cada um dos atores envolvidos na produção da informação. Na condição de produtoras e distribuidoras de um bem social de tamanha relevância, e dada a importância do ofício na alimentação do debate público, será prática saudável submeter a atividade jornalística ao escrutínio público como forma de contribuir para aprimorar seus conteúdos e a interlocução com seus públicos. A exposição à crítica, portanto, para além de uma manifestação de transparência editorial, tende a igualmente funcionar como instrumento de apoio a programas de qualidade em organizações preocupadas com o fortalecimento de sua reputação corporativa, com aumento de sua participação no mercado e, em última análise, com a rentabilidade garantidora de sua independência editorial.
Em um contexto de avalancha informativa, no qual o tradicional discurso unívoco dos meios de comunicação cedeu lugar ao diálogo e à ampliação da capacidade de o público também produzir conteúdos informativos, o crescimento exponencial do cardápio disponível de fontes de acesso a notícias, opiniões e análises tende a criar uma “inflação de demanda” no âmbito dos consumidores de informação.

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