A evolução tecnológica observada nas últimas décadas representa a materialização da criatividade humana no desenvolvimento de ambientes, produtos e sistemas, os quais trouxeram muitos benefícios, com destaque para o aumento na economia global, o aumento na expectativa de vida das pessoas, as possibilidades de comércio, interações e comunicações, entre outros.
Mas essa mesma evolução também vem resultando em alguns problemas, os quais preocupam tecnólogos, pesquisadores e entidades de proteção aos consumidores sob, pelo menos, dois aspectos bastante pragmáticos: o impacto negativo de muitas dessas tecnologias sobre o meio ambiente e os problemas das interfaces tecnológicas, as quais geram constrangimentos, acidentes e frustração aos consumidores e usuários.
Este segundo aspecto está em discussão desde o final do século passado, quando os termos ergonomia, usabilidade, acessibilidade e design universal tomaram conta das questões científicas em torno do design de produtos e sistemas. A discussão em torno desses temas, por vezes, parece antiquada para os dias atuais, mas de fato envolve questões ainda não respondidas pela comunidade científica. Ao design, ainda resta a questão: como a ergonomia pode contribuir para minimizar os impactos negativos da evolução tecnológica de produtos, sistemas e ambientes?
Design E Ergonomia apresenta diferentes questões, métodos de abordagem e expressivas demandas para a aplicação da ergonomia no design. O primeiro capítulo apresenta os problemas de usabilidade e acessibilidade enfrentados por indivíduos obesos quando eles necessitam de auxílio médico hospitalar, uma vez que mobiliários e equipamentos são oferecidos para o denominado “homem médio”, o que exclui as pessoas com sobrepeso ou obesas.
Também sob as justificativas da acessibilidade, o segundo capítulo trata das particularidades da população de idosos (que está em crescimento no Brasil) e o reflexo destes no design de cadeira de rodas. Ainda considerando a população de idosos, o terceiro capítulo aborda um levantamento antropométrico de indivíduos da terceira idade que contribui expressivamente para a definição de parâmetros antropométricos destinados ao correto dimensionamento de produtos e ambientes.
O quarto capítulo aborda uma avaliação de forças de preensão digital, considerando as diferenças entre os gêneros (masculino e feminino) e reafirma, com parâmetros estatísticos, a influência dessas variáveis no design de instrumentos manuais que devem considerar a elevada capacidade física dos homens, e as limitações de força do público feminino.
Design E Ergonomia
- Design
- 3 Visualizações
- Nenhum Comentário
Link Quebrado?
Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.