A Essência Do Cristianismo

Ludwig Feuerbach - A Essência Do Cristianismo

Ludwig Feuerbach - (1804-1872). Nascido em Landshut, na Baviera, faz a sua formação universitária em Teologia e Filosofia, doutorando-se em Erlangen onde viria a lecionar por um curto período.

Autor de uma produção multifacetada em que se incluem estudos em que se incluem estudos de História da Filosofia e uma ampla teoria das religiões, o núcleo da sua reflexão pessoal concentra-se na fundamentação de uma Filosofia Antropológica que reconduz ao Homem o sentido último do questionar da filosofia.

Na elaboração deste projeto, não só se leva a cabo uma crítica das categorias da racionalidade metafísica e teológica, como introduz novos princípios, como a sensibilidade, a corporeidade e o dialogismo, que virão a tornar-se centrais em múltiplas correntes do pensamento contemporâneo.

É já o esforço de compreensão das estruturas da natureza humana que se surpreende na interpretação de fenômeno da religião desenvolvida ao longo de A Essência Do Cristianismo, de 1841.

Nesta obra não se encontra tanto a mera oposição entre fé e razão ou a apologia do ateísmo, quanto uma análise psicológica dos mecanismos da criação do divino, da qual decorre uma original leitura do significado da transcendência como expressão e compensação imaginária de desejos humanos.

Em A Essência Do Cristianismo, Feuerbach aborda o fenômeno religioso a partir do próprio homem. “O homem se distingue do animal pela consciência”. Em outra passagem afirma: “Consciência é a característica de um ser perfeito”.

O homem tem consciência de si através do objeto. Ou seja, o outro: o eu e o tu, na visão positivista. A trindade humana - amor, razão e vontade - é a essência do próprio homem, é o homem completo:

- a força do pensamento é a luz do conhecimento, a razão;
- a força da vontade é a energia do caráter;
- a força do coração é o amor.

Querer, sentir e pensar são perfeições, essências, realidades... são infinitos, ilimitados. É ser consciente de si mesmo. É impossível, afirma Feuerbach nos remetendo à Descartes quando fala que Deus só pode ser um ser perfeitíssimo, ser consciente de uma perfeição como imperfeição; impossível sentir o sentimento como limitado, impossível pensar o pensamento como limitado.

Assim, o Ser Absoluto, o Deus do homem, é a sua própria essência. Feuerbach, já no início de sua obra, antropologiza a Trindade cristã em amor, razão e vontade, e que nada mais é do que a nossa própria essência. E a consciência disso é o que nos distingue dos animais. Amor, razão e vontade, essências do ser humano, são realidades ilimitadas, infinitas assim como Deus o é.

 

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Ludwig Feuerbach – A Essência Do Cristianismo

Ludwig Feuerbach – (1804-1872). Nascido em Landshut, na Baviera, faz a sua formação universitária em Teologia e Filosofia, doutorando-se em Erlangen onde viria a lecionar por um curto período.

Autor de uma produção multifacetada em que se incluem estudos em que se incluem estudos de História da Filosofia e uma ampla teoria das religiões, o núcleo da sua reflexão pessoal concentra-se na fundamentação de uma Filosofia Antropológica que reconduz ao Homem o sentido último do questionar da filosofia.

Na elaboração deste projeto, não só se leva a cabo uma crítica das categorias da racionalidade metafísica e teológica, como introduz novos princípios, como a sensibilidade, a corporeidade e o dialogismo, que virão a tornar-se centrais em múltiplas correntes do pensamento contemporâneo.

É já o esforço de compreensão das estruturas da natureza humana que se surpreende na interpretação de fenômeno da religião desenvolvida ao longo de A Essência Do Cristianismo, de 1841.

Nesta obra não se encontra tanto a mera oposição entre fé e razão ou a apologia do ateísmo, quanto uma análise psicológica dos mecanismos da criação do divino, da qual decorre uma original leitura do significado da transcendência como expressão e compensação imaginária de desejos humanos.

Em A Essência Do Cristianismo, Feuerbach aborda o fenômeno religioso a partir do próprio homem. “O homem se distingue do animal pela consciência”. Em outra passagem afirma: “Consciência é a característica de um ser perfeito”.

O homem tem consciência de si através do objeto. Ou seja, o outro: o eu e o tu, na visão positivista. A trindade humana – amor, razão e vontade – é a essência do próprio homem, é o homem completo:

– a força do pensamento é a luz do conhecimento, a razão;
– a força da vontade é a energia do caráter;
– a força do coração é o amor.

Querer, sentir e pensar são perfeições, essências, realidades… são infinitos, ilimitados. É ser consciente de si mesmo. É impossível, afirma Feuerbach nos remetendo à Descartes quando fala que Deus só pode ser um ser perfeitíssimo, ser consciente de uma perfeição como imperfeição; impossível sentir o sentimento como limitado, impossível pensar o pensamento como limitado.

Assim, o Ser Absoluto, o Deus do homem, é a sua própria essência. Feuerbach, já no início de sua obra, antropologiza a Trindade cristã em amor, razão e vontade, e que nada mais é do que a nossa própria essência. E a consciência disso é o que nos distingue dos animais. Amor, razão e vontade, essências do ser humano, são realidades ilimitadas, infinitas assim como Deus o é.

 

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