Olho Por Olho

A derradeira batalha entre a esquerda e a ditadura militar. Assim o jornalista Lucas Figueiredo descreve, em Olho Por Olho, a incrível história do "Brasil Nunca Mais" e do "Orvil", o livro-resposta secretamente articulado pelos generais, que jamais chegou às livrarias.


Olho Por Olho, de Lucas Figueiredo, parte de uma ideia interessante: analisar a história de dois livros que abordaram, sob ângulos diametralmente opostos, a repressão executada pela última ditadura brasileira (1964-1985), mostrando as relações que existem entre as duas obras. São os livros Brasil: Nunca Mais (BNM) e Orvil (cujo título de fato acabou sendo O livro negro do terrorismo no Brasil).
O BNM, publicado em 1985 pela Editora Vozes, sob a responsabilidade da Arquidiocese de São Paulo, foi resultado de um grande e sigiloso projeto, encabeçado pelo cardeal dom Paulo Evaristo Arns e pelo reverendo Jaime Wright, para copiar, guardar e analisar todos os processos do Supremo Tribunal Militar (STM) contra pessoas acusadas de crime de “subversão” desde 1964, de modo a preservar e trazer a público parte da história da repressão política no país.
Parte significativa dos perseguidos políticos nesse período foi submetida à praxe jurídica do julgamento em tribunal militar, com direito a advogados e a fazer declarações, muitas das quais continham denúncias das torturas sofridas, mencionavam os nomes dos torturadores e os métodos de sevícia empregados. Dessa forma, a própria ditadura acabou por documentar as violações aos direitos humanos que ela mesma praticava, e manteve esses documentos em arquivo no STM.
Após a anistia parcial de agosto de 1979, advogados passaram a poder ter acesso a esses documentos e a copiá-los – o que permitiu que o projeto BNM fosse levado a cabo, de maneira secreta, durante cerca de quatro anos, contando com a ajuda de vários advogados e tendo entre seus principais responsáveis, além do cardeal Arns e do reverendo Wright, Paulo Vannucchi, os advogados Eny Raimundo Moreira, Luiz Eduardo Greenhalgh e Luís Carlos Sigmaringa Seixas, e os jornalistas Ricardo Kotscho e Frei Betto...

        

 

 

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O BNM, publicado em 1985 pela Editora Vozes, sob a responsabilidade da Arquidiocese de São Paulo, foi resultado de um grande e sigiloso projeto, encabeçado pelo cardeal dom Paulo Evaristo Arns e pelo reverendo Jaime Wright, para copiar, guardar e analisar todos os processos do Supremo Tribunal Militar (STM) contra pessoas acusadas de crime de “subversão” desde 1964, de modo a preservar e trazer a público parte da história da repressão política no país.
Parte significativa dos perseguidos políticos nesse período foi submetida à praxe jurídica do julgamento em tribunal militar, com direito a advogados e a fazer declarações, muitas das quais continham denúncias das torturas sofridas, mencionavam os nomes dos torturadores e os métodos de sevícia empregados. Dessa forma, a própria ditadura acabou por documentar as violações aos direitos humanos que ela mesma praticava, e manteve esses documentos em arquivo no STM.
Após a anistia parcial de agosto de 1979, advogados passaram a poder ter acesso a esses documentos e a copiá-los – o que permitiu que o projeto BNM fosse levado a cabo, de maneira secreta, durante cerca de quatro anos, contando com a ajuda de vários advogados e tendo entre seus principais responsáveis, além do cardeal Arns e do reverendo Wright, Paulo Vannucchi, os advogados Eny Raimundo Moreira, Luiz Eduardo Greenhalgh e Luís Carlos Sigmaringa Seixas, e os jornalistas Ricardo Kotscho e Frei Betto

        

 

 

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