Relações De Complementação No Português Brasileiro: Uma Perspectiva Discursivo-Funcional

Neste livro, investigam-se os tipos de orações completivas, distribuídas numa hierarquia entre mais ou menos verbal/nominal, tendo como suporte dados reais de conversação. Trata-se de um trabalho sobre a gramática da complementação do português brasileiro

, mais especificamente sobre construções gramaticalmente disponíveis, com base em determinados tipos de predicados encaixadores verbais, em relação ao papel que essas construções exercem nas estruturas completivas do português.
As línguas podem ter mais de uma expressão morfossintática disponível para a expressão de orações completivas e produzir uma variedade de tipos de construções encaixadas intra e interlinguisticamente. O estudo que proponho aqui tem como base a escala de variação entre construções encaixadas que figuram como complemento de orações hierarquicamente superiores, isto é, orações completivas finitas plenamente desenvolvidas e orações completivas não finitas com um verbo infinitivo ou com uma nominalização como núcleo. Essa escala de variação fornece um conjunto de construções alternativas, cuja seleção pode depender de fatores funcionais, embora não seja uma possibilidade aberta a todos os tipos de predicados encaixadores.
No português, num extremo da escala gradativa verbo/nome, é possível dispor de construções encaixadas verbais e, noutro extremo, de construções equivalentes a um membro prototípico dos nomes, uma nominalização; nesse continuum entre construções plenamente verbais e construções plenamente nominais, há também construções que oscilam entre as mais verbais e as mais nominais. Diante disso, uma questão importante que se coloca é a do modo como se dá a seleção entre as diferentes expressões morfossintáticas quando o predicado encaixador fornece pelo menos duas alternativas possíveis. Outra questão igualmente relevante é saber em que condições a semântica do predicado encaixador impõe um padrão determinado para a expressão formal da complementação.
Se diferentes construções da escala gradual entre verbo e nome podem ocupar a posição de argumento na predicação de nível superior, é relevante verificar que motivações semânticas movem o indivíduo falante a fazer determinado tipo de predicação encaixada em detrimento de outro. Há, além disso, situações em que o estado de coisas da oração independente é dotado de suficiência formal e semântica para que a oração encaixada seja, por exemplo, obrigatoriamente uma nominalização ou obrigatoriamente uma oração finita. Nesse caso específico, é igualmente relevante verificar a natureza das motivações que regem esse tipo de construção complexa.

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No português, num extremo da escala gradativa verbo/nome, é possível dispor de construções encaixadas verbais e, noutro extremo, de construções equivalentes a um membro prototípico dos nomes, uma nominalização; nesse continuum entre construções plenamente verbais e construções plenamente nominais, há também construções que oscilam entre as mais verbais e as mais nominais. Diante disso, uma questão importante que se coloca é a do modo como se dá a seleção entre as diferentes expressões morfossintáticas quando o predicado encaixador fornece pelo menos duas alternativas possíveis. Outra questão igualmente relevante é saber em que condições a semântica do predicado encaixador impõe um padrão determinado para a expressão formal da complementação.
Se diferentes construções da escala gradual entre verbo e nome podem ocupar a posição de argumento na predicação de nível superior, é relevante verificar que motivações semânticas movem o indivíduo falante a fazer determinado tipo de predicação encaixada em detrimento de outro. Há, além disso, situações em que o estado de coisas da oração independente é dotado de suficiência formal e semântica para que a oração encaixada seja, por exemplo, obrigatoriamente uma nominalização ou obrigatoriamente uma oração finita. Nesse caso específico, é igualmente relevante verificar a natureza das motivações que regem esse tipo de construção complexa.

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