Resenha

Anna Rachel Machado (Coord.) - Resenha

Em um de seu famosos escritos, o grande escritor argentino Jorge Luis Borges nos lembra que o livro é como o rio de Heráclito: um curso fluido, tão diferente de si mesmo a cada momento quanto nós mesmos, que, a cada vez que o adentramos, somos outros.


Esta é a imagem que me ocorre, ao perceber que toda esta coleção compõe um só livro, em que cada volume figura como um capítulo. E talvez por aproveitar ao máximo esse caráter fluido dos livros, constitui um verdadeiro curso. Não só porque suas águas levam a bons destinos, mas também porque, volume após volume, o leitor terá cursado um eficiente programa de leitura e produção de textos, fundamental para o seu bom desempenho na escola, na universidade ou mesmo na empresa.
Mas, assim como não é preciso estar na nascente ou na foz para estar legitimamente dentro do rio, não é preciso “começar do começo” a leitura deste livro-coleção para aprender — e muito — com ele. Em qualquer dos pontos, podemos nos banhar neste curso, beber suas águas, nelas navegar. E o que é melhor: também podemos cursá-lo sem qualquer matrícula.
Entretanto, o interesse e a originalidade desta coleção vão muito além. Os livros são claramente didáticos, em seus propósitos, na metodologia de ensino/aprendizagem com que trabalham, nos conteúdos que abordam, nas recomendações ao professor que os utilizar. Mas não são escolares, tampouco são “livros didáticos”: não foram pensados para a disciplina Tal, do curso Tal Outro, em uma série determinada. E podem até ser muito bem aproveitados por aqueles que já não estão na escola, mas continuam empenhados em aprender.
E aí nos deparamos com uma outra originalidade: cada pequeno volume é também uma oficina; ou seja, um conjunto de práticas, organizadas não para “transmitir informações sobre algo”, mas para ensinar afazer esse algo. E neste caso, nada é mais adequado. Afinal, ler e escrever são duas práticas, estreitamente articuladas entre si.
E a melhor forma de ensinar/aprender uma prática é ... praticar. Assim, o leitor dessa coleção será, mais que leitor ou aluno, um praticante, interessado em aperfeiçoar-se num artesanato que, em maior ou menor grau, já lhe é familiar.

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Em um de seu famosos escritos, o grande escritor argentino Jorge Luis Borges nos lembra que o livro é como o rio de Heráclito: um curso fluido, tão diferente de si mesmo a cada momento quanto nós mesmos, que, a cada vez que o adentramos, somos outros.
Esta é a imagem que me ocorre, ao perceber que toda esta coleção compõe um só livro, em que cada volume figura como um capítulo. E talvez por aproveitar ao máximo esse caráter fluido dos livros, constitui um verdadeiro curso. Não só porque suas águas levam a bons destinos, mas também porque, volume após volume, o leitor terá cursado um eficiente programa de leitura e produção de textos, fundamental para o seu bom desempenho na escola, na universidade ou mesmo na empresa.
Mas, assim como não é preciso estar na nascente ou na foz para estar legitimamente dentro do rio, não é preciso “começar do começo” a leitura deste livro-coleção para aprender — e muito — com ele. Em qualquer dos pontos, podemos nos banhar neste curso, beber suas águas, nelas navegar. E o que é melhor: também podemos cursá-lo sem qualquer matrícula.
Entretanto, o interesse e a originalidade desta coleção vão muito além. Os livros são claramente didáticos, em seus propósitos, na metodologia de ensino/aprendizagem com que trabalham, nos conteúdos que abordam, nas recomendações ao professor que os utilizar. Mas não são escolares, tampouco são “livros didáticos”: não foram pensados para a disciplina Tal, do curso Tal Outro, em uma série determinada. E podem até ser muito bem aproveitados por aqueles que já não estão na escola, mas continuam empenhados em aprender.
E aí nos deparamos com uma outra originalidade: cada pequeno volume é também uma oficina; ou seja, um conjunto de práticas, organizadas não para “transmitir informações sobre algo”, mas para ensinar afazer esse algo. E neste caso, nada é mais adequado. Afinal, ler e escrever são duas práticas, estreitamente articuladas entre si.
E a melhor forma de ensinar/aprender uma prática é … praticar. Assim, o leitor dessa coleção será, mais que leitor ou aluno, um praticante, interessado em aperfeiçoar-se num artesanato que, em maior ou menor grau, já lhe é familiar.

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