França E A Escola Brasileira De Geografia: Verso E Reverso

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Ao lidar sobre a relação entre a geografia francesa e a brasileira, José Borzacchiello da Silva oferecendo uma periodização inédita, em que a fundação da USP, em 1934, e o Congresso da UGI, em 1956, no Rio de Janeiro, são momentos-chave, voltando às origens distantes e indo até a época na qual ele fez uma ampla pesquisa de pós-doutorado na França sobre este assunto. Ele fornece, portanto, uma quantidade de dados de primeira mão que dão à sua obra uma densidade notável e reforçam significativamente as análises, relevantes e sutis, que ele faz ao interpretá-los. O objetivo dele é claro: Estudar a formação de uma geografia nacional advinda das relações estabelecidas entre a França e o Brasil. Ele é capaz de ligar de maneira convincente desenvolvimento econômico, situações políticas e o seu impacto tanto na geografia brasileira como na sua relação com a geografia francesa. Interessantes e mais original, é que José Borzacchiello da Silva, durante a sua estadia de pós-doutorado, entrevistou vários geógrafos franceses que desempenharam um papel na colaboração entre as duas escolas de geografia, sempre seguindo o mesmo questionário, com algumas adaptações para “apreender ao máximo as contribuições capazes de responder às indagações que norteavam a pesquisa”. Ele transcreveu no livro as respostas dos entrevistados e às vezes as suas próprias reações – muitas vezes entusiasmadas – às respostas, e os diálogos adicionais que surgiram quando ele, sempre educadamente mas com firmeza, obrigava os seus interlocutores a completar as respostas. José Borzacchiello da Silva deixa a porta aberta para futuras discussões, com um claro sentido de otimismo, e uma atitude proativa: “As relações entre os dois países devem ser reforçadas, propiciando a troca recíproca”. Mas esse otimismo e esta vontade de ver se confirmar uma relação mais simétrica, se fundamentam numa confiança – justificada – na maturidade da geografia brasileira, que deverá permitir-lhe agora olhar para além das suas fronteiras.

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Ao lidar sobre a relação entre a geografia francesa e a brasileira, José Borzacchiello da Silva oferecendo uma periodização inédita, em que a fundação da USP, em 1934, e o Congresso da UGI, em 1956, no Rio de Janeiro, são momentos-chave, voltando às origens distantes e indo até a época na qual ele fez uma ampla pesquisa de pós-doutorado na França sobre este assunto. Ele fornece, portanto, uma quantidade de dados de primeira mão que dão à sua obra uma densidade notável e reforçam significativamente as análises, relevantes e sutis, que ele faz ao interpretá-los. O objetivo dele é claro: Estudar a formação de uma geografia nacional advinda das relações estabelecidas entre a França e o Brasil. Ele é capaz de ligar de maneira convincente desenvolvimento econômico, situações políticas e o seu impacto tanto na geografia brasileira como na sua relação com a geografia francesa. Interessantes e mais original, é que José Borzacchiello da Silva, durante a sua estadia de pós-doutorado, entrevistou vários geógrafos franceses que desempenharam um papel na colaboração entre as duas escolas de geografia, sempre seguindo o mesmo questionário, com algumas adaptações para “apreender ao máximo as contribuições capazes de responder às indagações que norteavam a pesquisa”. Ele transcreveu no livro as respostas dos entrevistados e às vezes as suas próprias reações – muitas vezes entusiasmadas – às respostas, e os diálogos adicionais que surgiram quando ele, sempre educadamente mas com firmeza, obrigava os seus interlocutores a completar as respostas. José Borzacchiello da Silva deixa a porta aberta para futuras discussões, com um claro sentido de otimismo, e uma atitude proativa: “As relações entre os dois países devem ser reforçadas, propiciando a troca recíproca”. Mas esse otimismo e esta vontade de ver se confirmar uma relação mais simétrica, se fundamentam numa confiança – justificada – na maturidade da geografia brasileira, que deverá permitir-lhe agora olhar para além das suas fronteiras.

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