
Narrativas Plurais E Práticas Educacionais é resultado de um esforço conjunto entre professores-pesquisadores da Universidade Federal do Tocantins, da Universidade Estadual do Pará e da Universidade Federal da Amazônia que se propõem a compartilhar com os leitores reflexões advindas de pesquisas de mestrado concluídas no programa de pos-graduação (PPGE), PROCAD Amazônia, e de outras pesquisas do fazer pedagógico e suas realidades interculturais.
As ações integradas, como Programa de Cooperação Acadêmica (Procad Amazônia/2018-2022/Capes) entre UEPA, UFRN e UFT, a criação da Reunião Científica Regional Norte da Anped, o III Seminário da Rede Internacional de Escolas Criativas (Riec) e o I Encontro Internacional sobre Formação Docente para a Educação Básica e Superior (Interfor) realizados em 2017, tornaram possível conhecer os saberes, as práticas educacionais e a formação nos diferentes contextos educativos da região Norte do Brasil.
Diante disso, a proposta é explicitar as compreensões obtidas a partir dos discursos, dos dados, das entrevistas, de como as histórias de diferentes pessoas registradas em seus depoimentos nos auxiliaram a compreender perspectivas e a configurar paisagens educacionais.
Em Narrativas Plurais E Práticas Educacionais, procura-se seduzir o leitor ao narrar, contar uma história para alguém. Narrar-se é contar nossa história ou uma história da qual também somos, fomos ou nos sentimos personagens. As narrativas, então, oferecem em si a possibilidade de uma análise.
Aqui, concebe-se análise como um processo de produção de significados a partir de uma retroalimentação que se inicia quando o ouvinte/leitor/apreciador de um texto se apropria desse texto de algum modo, tecendo significados que são seus, mesmo que produzidos de forma compartilhada, e constrói uma trama narrativa própria que será ouvida/lida/vista por um terceiro, retornando ao início do processo.
Usando a metodologia da história oral, os autores investigam o percurso histórico, a implantação e a implementação da Escola Comunitária Casa Familiar Rural (CFR) de Conceição do Araguaia/PA como símbolo de resistência e defesa pelos direitos dos povos que vivem no e do campo no contexto político do Estado liberal brasileiro.
