As Chuvas E As Massas De Ar No Estado De Mato Grosso Do Sul

Os estudos climáticos revelam ainda hoje enormes lacunas no que se refere ao papel da dinâmica atmosférica na gênese e distribuição das chuvas na Região Centro-Oeste do Brasil. A vasta porção do território nacional continua por merecer maiores e melhores análises climatológicas, destacando o papel das chuvas

, tendo em vista que ela apresenta áreas de grandes contrastes, com períodos de seca bem definidos (que chegam a durar até seis meses), em oposição a outras, onde tais períodos são mais brandos ou não se fazem notar.
O processo de ocupação do Centro-Oeste, acelerado a partir da década de 1960 com a construção de Brasília e a implantação de rodovias, o crescente interesse agrícola pelo "cerrado" desde os anos 1970, a divisão do estado de Mato Grosso em 1979 e a maior dinamização econômica de Mato Grosso do Sul trouxeram uma agressão ao ambiente nunca antes imaginada, tornando fundamental o conhecimento de seus fatores naturais e antrópicos. Exemplo disso é o que está acontecendo com o Pantanal, hoje sob forte impacto ecológico.
Crescem assim as preocupações não apenas dentro do meio universitário, mas também na população de maneira geral. Quase todos os dias, a televisão, o rádio e o jornal noticiam as agressões ao ambiente (incêndios criminosos em parques nacionais, uso indiscriminado de agrotóxicos, mortandade de peixes, derrubada e queima de matas naturais), assim como destacam as lutas desenvolvidas para a sua preservação, envolvendo o intelectual, o artista, o político, dona de casa, o estudante, o operário etc. Mas nem só desses assuntos vive o noticiário nacional. Frequentemente, ele também se ocupa dos fatos climáticos correlatos (enchentes, estiagens, chuvas torrenciais, geadas), com destaque para as chuvas e suas implicações nas atividades humanas.
Sabe-se que a observação da distribuição das chuvas, durante um longo período, coloca em evidência as irregularidades do ritmo climático atual, pois permite constatar períodos muito chuvosos revezando-se com outros de severa estiagem. Tal distribuição deve ser analisada sob os aspectos quantitativo (diferentes volumes de precipitação) e qualitativo (padrões de distribuição pluviométrica e respectivos ritmos), sendo de suma importância para a explicação da natureza e cadência das atividades humanas.
Considerando-se que o estado de Mato Grosso do Sul, a exemplo do que ocorre com o território paulista, encontra-se na confluência dos principais sistemas atmosféricos da América do Sul, possuindo mais de um tipo de regime pluviométrico (áreas com regime do tipo "Brasil Central" e outras com regime do tipo "Brasil Meridional"), pode-se compreender a relevância de estudos que privilegiem a distribuição das chuvas no referido estado, como um dos indicadores do seu "mosaico" climático.

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Os estudos climáticos revelam ainda hoje enormes lacunas no que se refere ao papel da dinâmica atmosférica na gênese e distribuição das chuvas na Região Centro-Oeste do Brasil. A vasta porção do território nacional continua por merecer maiores e melhores análises climatológicas, destacando o papel das chuvas, tendo em vista que ela apresenta áreas de grandes contrastes, com períodos de seca bem definidos (que chegam a durar até seis meses), em oposição a outras, onde tais períodos são mais brandos ou não se fazem notar.
O processo de ocupação do Centro-Oeste, acelerado a partir da década de 1960 com a construção de Brasília e a implantação de rodovias, o crescente interesse agrícola pelo “cerrado” desde os anos 1970, a divisão do estado de Mato Grosso em 1979 e a maior dinamização econômica de Mato Grosso do Sul trouxeram uma agressão ao ambiente nunca antes imaginada, tornando fundamental o conhecimento de seus fatores naturais e antrópicos. Exemplo disso é o que está acontecendo com o Pantanal, hoje sob forte impacto ecológico.
Crescem assim as preocupações não apenas dentro do meio universitário, mas também na população de maneira geral. Quase todos os dias, a televisão, o rádio e o jornal noticiam as agressões ao ambiente (incêndios criminosos em parques nacionais, uso indiscriminado de agrotóxicos, mortandade de peixes, derrubada e queima de matas naturais), assim como destacam as lutas desenvolvidas para a sua preservação, envolvendo o intelectual, o artista, o político, dona de casa, o estudante, o operário etc. Mas nem só desses assuntos vive o noticiário nacional. Frequentemente, ele também se ocupa dos fatos climáticos correlatos (enchentes, estiagens, chuvas torrenciais, geadas), com destaque para as chuvas e suas implicações nas atividades humanas.
Sabe-se que a observação da distribuição das chuvas, durante um longo período, coloca em evidência as irregularidades do ritmo climático atual, pois permite constatar períodos muito chuvosos revezando-se com outros de severa estiagem. Tal distribuição deve ser analisada sob os aspectos quantitativo (diferentes volumes de precipitação) e qualitativo (padrões de distribuição pluviométrica e respectivos ritmos), sendo de suma importância para a explicação da natureza e cadência das atividades humanas.
Considerando-se que o estado de Mato Grosso do Sul, a exemplo do que ocorre com o território paulista, encontra-se na confluência dos principais sistemas atmosféricos da América do Sul, possuindo mais de um tipo de regime pluviométrico (áreas com regime do tipo “Brasil Central” e outras com regime do tipo “Brasil Meridional”), pode-se compreender a relevância de estudos que privilegiem a distribuição das chuvas no referido estado, como um dos indicadores do seu “mosaico” climático.

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