A Radiografia Do Golpe

Ao escrever este livro, meu interesse é possibilitar o entendimento por parte de qualquer pessoa com formação média e boa vontade para compreender como e por que a sociedade brasileira foi enganada em um dos golpes de Estado mais torpes de nossa história.


Como o mundo sempre nos é exposto em fragmentos, nossa compreensão tende a ser sempre confusa, localizada, personalizada, dramatizada e, o que resume tudo, “novelizada”. Enxergamos apenas pessoas, separadas em boas e más, e nunca percebemos os “interesses” que as movem. Contrapor-se a essa leitura dominante e superficial do mundo, que é reproduzida em praticamente todos os nossos jornais e canais de televisão, é o fito deste livro. Meu desafio foi articular e tomar compreensível a complexa rede de interesses impessoais que, a exemplo do teatro de marionetes, prende os fios que permitem criar o drama reproduzido pelas pessoas no palco da vida.
A primeira parte do livro visa ao esclarecimento das pré condições do golpe. Trata tanto do desvelamento dos mecanismos que permitem à elite do dinheiro ser a “mandante” do golpe, realizado por outros em seu nome - sem que essa elite seja sequer mencionada na trama - quanto da explicitação dos novos conflitos de classe, fruto da recente ascensão social de setores populares, que serviram do pano de fundo para viabilizar o golpe. Esse esclarecimento prévio me parece fundamental à compreensão das razões do golpe para além da viciada e distorcida cobertura midiática.
Mas o leitor mais impaciente pode começar pela segunda parte do livro e eventualmente ler a primeira parte depois.
Meu conselho, no entanto, é ler o livro na ordem em que ele se apresenta. Afinal, o esclarecimento de qualquer fato contemporâneo depende da reconstrução de sua perspectiva histórica presente não se autoexplica sem que o passado nos desvende sua gênese. E apenas porque nunca compreendemos verdadeiramente os golpes de Estado anteriores que este atual pôde acontecer exatamente do mesmo modo, defendendo os mesmos interesses mesquinhos de sempre. Sem autocrítica, nos tornamos presas do eterno retorno dos mesmos medos e mecanismos que nos controlam desde a mais tenra idade, sem sequer dispor de qualquer defesa contra eles. E, assim como acontece com os indivíduos, uma sociedade aprende somente com a autocrítica. Dor conta disso, os dois primeiros capítulos deste livro discutem a gênese histórica do golpe. Seu fio condutor é mostrar como todos os golpes, inclusive o atual, são uma fraude bem perpetrada dos donos do dinheiro, que são os reais “donos do poder”.

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Como o mundo sempre nos é exposto em fragmentos, nossa compreensão tende a ser sempre confusa, localizada, personalizada, dramatizada e, o que resume tudo, “novelizada”. Enxergamos apenas pessoas, separadas em boas e más, e nunca percebemos os “interesses” que as movem. Contrapor-se a essa leitura dominante e superficial do mundo, que é reproduzida em praticamente todos os nossos jornais e canais de televisão, é o fito deste livro. Meu desafio foi articular e tomar compreensível a complexa rede de interesses impessoais que, a exemplo do teatro de marionetes, prende os fios que permitem criar o drama reproduzido pelas pessoas no palco da vida.
A primeira parte do livro visa ao esclarecimento das pré condições do golpe. Trata tanto do desvelamento dos mecanismos que permitem à elite do dinheiro ser a “mandante” do golpe, realizado por outros em seu nome – sem que essa elite seja sequer mencionada na trama – quanto da explicitação dos novos conflitos de classe, fruto da recente ascensão social de setores populares, que serviram do pano de fundo para viabilizar o golpe. Esse esclarecimento prévio me parece fundamental à compreensão das razões do golpe para além da viciada e distorcida cobertura midiática.
Mas o leitor mais impaciente pode começar pela segunda parte do livro e eventualmente ler a primeira parte depois.
Meu conselho, no entanto, é ler o livro na ordem em que ele se apresenta. Afinal, o esclarecimento de qualquer fato contemporâneo depende da reconstrução de sua perspectiva histórica presente não se autoexplica sem que o passado nos desvende sua gênese. E apenas porque nunca compreendemos verdadeiramente os golpes de Estado anteriores que este atual pôde acontecer exatamente do mesmo modo, defendendo os mesmos interesses mesquinhos de sempre. Sem autocrítica, nos tornamos presas do eterno retorno dos mesmos medos e mecanismos que nos controlam desde a mais tenra idade, sem sequer dispor de qualquer defesa contra eles. E, assim como acontece com os indivíduos, uma sociedade aprende somente com a autocrítica. Dor conta disso, os dois primeiros capítulos deste livro discutem a gênese histórica do golpe. Seu fio condutor é mostrar como todos os golpes, inclusive o atual, são uma fraude bem perpetrada dos donos do dinheiro, que são os reais “donos do poder”.

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