1494: O Tratado De Tordesilhas

Entre outras obras que tanto agradam sua Divina Majestade e nos prendem o coração, esta será, sem dúvida, das mais elevadas, para que, no nosso tempo, a fé católica e a religião cristã sejam exaltadas e disseminadas, a saúde da nossa alma cuidada e as nações bárbaras derrubadas e conduzidas à fé...


Cristóvão Colombo... que, com a ajuda divina e a maior das diligências, vogou pelo mar oceano e descobriu certas ilhas muito remotas e mesmo continentes que até então não eram conhecidos por mais ninguém; onde viviam muitos povos em paz e, tal como relatado, sem roupas e sem comer carne...
Nós... concedemos, entregamos e destacamos-lhes a vós e vossos herdeiros e sucessores, reis de Castela e de Leão, para sempre... todas as ilhas e continentes encontrados e por descobrir para oeste e para sul, traçando e estabelecendo uma linha desde o polo Ártico, nomeadamente o Norte, até ao polo Antártico, nomeadamente o Sul... E fazemos, destacamos e delegamos em vós e os supramencionados herdeiros e sucessores, senhores de tudo, com poder, autoridade e jurisdição de todo o tipo.
Papa Alexandre VI, Inter Caetera, 4 de maio de 1493:
Esta bula papal foi, e continua a ser, devastadora para as nossas religiões e culturas, e para a sobrevivência das nossas populações», argumentou o Conselho para Um Parlamento das Religiões do Mundo, uma organização internacional que tem como objetivo "cultivar a harmonia entre as religiões e as comunidades espirituais do mundo". O Conselho avançou com a reivindicação, em 1994, apoiando a campanha americana do Instituto da Lei Indígena para que o Vaticano revogasse formalmente a bula Inter Caetera. A petição online do instituto, assinada por cerca de novecentas pessoas, é a um tempo forte na sua linguagem e apaixonada nas convicções. O preâmbulo declara que "reconhecemos que esta iniciativa seria um passo espiritualmente significativo para a criação de um novo modo de vida, e um afastamento da ganância e da subjugação numa história que oprimiu, explorou e destruiu um sem-fim de povos indígenas de todo o mundo." A 27 de abril de 2010, durante a nona sessão do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas, o Vaticano reagiu a alguns destes pedidos e reivindicações, mas a resposta foi evasiva e vaga.

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Cristóvão Colombo… que, com a ajuda divina e a maior das diligências, vogou pelo mar oceano e descobriu certas ilhas muito remotas e mesmo continentes que até então não eram conhecidos por mais ninguém; onde viviam muitos povos em paz e, tal como relatado, sem roupas e sem comer carne…
Nós… concedemos, entregamos e destacamos-lhes a vós e vossos herdeiros e sucessores, reis de Castela e de Leão, para sempre… todas as ilhas e continentes encontrados e por descobrir para oeste e para sul, traçando e estabelecendo uma linha desde o polo Ártico, nomeadamente o Norte, até ao polo Antártico, nomeadamente o Sul… E fazemos, destacamos e delegamos em vós e os supramencionados herdeiros e sucessores, senhores de tudo, com poder, autoridade e jurisdição de todo o tipo.
Papa Alexandre VI, Inter Caetera, 4 de maio de 1493:
Esta bula papal foi, e continua a ser, devastadora para as nossas religiões e culturas, e para a sobrevivência das nossas populações», argumentou o Conselho para Um Parlamento das Religiões do Mundo, uma organização internacional que tem como objetivo “cultivar a harmonia entre as religiões e as comunidades espirituais do mundo”. O Conselho avançou com a reivindicação, em 1994, apoiando a campanha americana do Instituto da Lei Indígena para que o Vaticano revogasse formalmente a bula Inter Caetera. A petição online do instituto, assinada por cerca de novecentas pessoas, é a um tempo forte na sua linguagem e apaixonada nas convicções. O preâmbulo declara que “reconhecemos que esta iniciativa seria um passo espiritualmente significativo para a criação de um novo modo de vida, e um afastamento da ganância e da subjugação numa história que oprimiu, explorou e destruiu um sem-fim de povos indígenas de todo o mundo.” A 27 de abril de 2010, durante a nona sessão do Fórum Permanente das Nações Unidas sobre Questões Indígenas, o Vaticano reagiu a alguns destes pedidos e reivindicações, mas a resposta foi evasiva e vaga.

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