Émile Durkheim

Émile Durkheim “pensou” a educação no âmbito do projeto de construção do que queria que fosse uma verdadeira ciência social.
O próprio projeto inseria-se num contexto múltiplo

: o meio no qual Durkheim passou sua infância, a situação histórica da França após a guerra contra a Alemanha e a derrota de 1870, o longo período de conflitos sociais e políticos por que passava seu país.
Nascido em 1852, filho de um rabino, em Épinal, no leste da França, ele preferiu, desde a adolescência, abandonar a religião judaica e decidiu qual seria sua futura profissão: professor de filosofia.
Entre 1879 e 1882, frequentou a prestigiosa Escola Normal Superior (ENS), em Paris. A tragédia da Comuna (de março a maio de 1871), uma espécie de guerra civil após a derrota, marcou-o quando ainda muito jovem. Persuadiu-se, então, de que, se um dia devesse ensinar, sua missão seria a de ajudar seus compatriotas a trilhar o caminho rumo a uma sociedade que, unida e solidária, pudesse superar seus próprios conflitos – e contribuir para estimular as mudanças sociais que permitiriam a seus concidadãos viver o que ele chamou de “bem por excelência”, ou seja, a comunhão com os outros.
De fato, era uma época de perturbações sociais e de crise profunda na França. Politicamente, a Terceira República consegue nascer em 1875, após acirradas lutas entre republicanos e monarquistas.
Economicamente, a expansão do capitalismo industrial choca-se com uma tomada de consciência cada vez mais aguda das classes operárias, que se organizam, em especial, sob a influência das teses socialistas e do marxismo. A isso, vem se acrescentar a emergência progressiva do espírito “laico”, que procura se opor à dominação da Igreja sobre a educação. Na época, as ciências físicas e naturais realizam imensos progressos, reforçando a confiança no poder do espírito científico. O jovem Émile sente que tem um papel a desempenhar no futuro de sua sociedade e que, decidindo ser professor, poderá contribuir, através da educação, para esse futuro. Porém, ensinar o grupo, mostrar aos homens o que pode ser uma “boa sociedade”, pressupõe uma reflexão fundamental e científica sobre o que é uma sociedade.

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Nascido em 1852, filho de um rabino, em Épinal, no leste da França, ele preferiu, desde a adolescência, abandonar a religião judaica e decidiu qual seria sua futura profissão: professor de filosofia.
Entre 1879 e 1882, frequentou a prestigiosa Escola Normal Superior (ENS), em Paris. A tragédia da Comuna (de março a maio de 1871), uma espécie de guerra civil após a derrota, marcou-o quando ainda muito jovem. Persuadiu-se, então, de que, se um dia devesse ensinar, sua missão seria a de ajudar seus compatriotas a trilhar o caminho rumo a uma sociedade que, unida e solidária, pudesse superar seus próprios conflitos – e contribuir para estimular as mudanças sociais que permitiriam a seus concidadãos viver o que ele chamou de “bem por excelência”, ou seja, a comunhão com os outros.
De fato, era uma época de perturbações sociais e de crise profunda na França. Politicamente, a Terceira República consegue nascer em 1875, após acirradas lutas entre republicanos e monarquistas.
Economicamente, a expansão do capitalismo industrial choca-se com uma tomada de consciência cada vez mais aguda das classes operárias, que se organizam, em especial, sob a influência das teses socialistas e do marxismo. A isso, vem se acrescentar a emergência progressiva do espírito “laico”, que procura se opor à dominação da Igreja sobre a educação. Na época, as ciências físicas e naturais realizam imensos progressos, reforçando a confiança no poder do espírito científico. O jovem Émile sente que tem um papel a desempenhar no futuro de sua sociedade e que, decidindo ser professor, poderá contribuir, através da educação, para esse futuro. Porém, ensinar o grupo, mostrar aos homens o que pode ser uma “boa sociedade”, pressupõe uma reflexão fundamental e científica sobre o que é uma sociedade.

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