Machado De Assis

Machado De Assis: Confluências Literárias reúne diversas pesquisas à roda de uma temática nuclear: o escritor Machado de Assis.

Os textos que compõem Machado De Assis: Confluências Literárias explicitam a proposta dos organizadores de reunir as mais diversas pesquisas à roda de uma temática nuclear: o escritor Machado de Assis e tudo quanto dele irrompeu em termos de apropriação e remodelação literária. São linhas que refletem a interpenetração de artistas os mais diversos na construção da singular obra machadiana.

Em comum, todos os artigos apontam a produção do bruxo do Cosme Velho como uma inequívoca apropriação de obras e autores – de diferentes tempos e espaços – para uma remodelação tão profunda quanto original. A dialética originalidade x cópia, aliás, é o ponto de partida dessa que pretende ser uma obra de iniciação àqueles que desejam se dedicar aos estudos comparados, sejam eles em Machado de Assis ou em qualquer outro expoente literário.

O pesquisador e organizador Jaison Luís Crestani abre a edição com o artigo “Confluências literárias”, um panorama do surgimento e disseminação da área dos estudos comparados, mas, ao contrário das teorias densas e indigestas, o autor presenteia os leitores com uma linguagem fluida, acessível e que perpassa, através de breves citações, os grandes nomes dessa linha de pesquisa.

De forma diluída e didática, o autor extrai deles o essencial para ofertar ao leitor comum uma explanação que reflete a própria sistemática a que estão submetidas as confluências culturais, ou seja, o texto se alimenta de outros, numa atitude assumidamente antropofágica. Além disso, o artigo não fixa seu enfoque teórico somente nos especialistas da literatura comparada, antes, explicita como homens de letras, a exemplo do argentino Jorge Luis Borges e do próprio Machado de Assis, entendiam as conexões culturais.

Em ambos, é possível constatar aquilo que o crítico uruguaio Angel Rama chama de transculturação narrativa, que é, na literatura, a percepção das transferências como um fenômeno intrínseco ao universo artístico. Crestani traduz questões essenciais para pesquisadores que desejam se aventurar no mundo do comparativismo literário e, tomando as palavras de Rama, em Cidade das Letras: “abandona as estreitas lentes do engomado e retórico legado oficial com que nos entulham as Academias”.

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Em comum, todos os artigos apontam a produção do bruxo do Cosme Velho como uma inequívoca apropriação de obras e autores – de diferentes tempos e espaços – para uma remodelação tão profunda quanto original. A dialética originalidade x cópia, aliás, é o ponto de partida dessa que pretende ser uma obra de iniciação àqueles que desejam se dedicar aos estudos comparados, sejam eles em Machado de Assis ou em qualquer outro expoente literário.

O pesquisador e organizador Jaison Luís Crestani abre a edição com o artigo “Confluências literárias”, um panorama do surgimento e disseminação da área dos estudos comparados, mas, ao contrário das teorias densas e indigestas, o autor presenteia os leitores com uma linguagem fluida, acessível e que perpassa, através de breves citações, os grandes nomes dessa linha de pesquisa.

De forma diluída e didática, o autor extrai deles o essencial para ofertar ao leitor comum uma explanação que reflete a própria sistemática a que estão submetidas as confluências culturais, ou seja, o texto se alimenta de outros, numa atitude assumidamente antropofágica. Além disso, o artigo não fixa seu enfoque teórico somente nos especialistas da literatura comparada, antes, explicita como homens de letras, a exemplo do argentino Jorge Luis Borges e do próprio Machado de Assis, entendiam as conexões culturais.

Em ambos, é possível constatar aquilo que o crítico uruguaio Angel Rama chama de transculturação narrativa, que é, na literatura, a percepção das transferências como um fenômeno intrínseco ao universo artístico. Crestani traduz questões essenciais para pesquisadores que desejam se aventurar no mundo do comparativismo literário e, tomando as palavras de Rama, em Cidade das Letras: “abandona as estreitas lentes do engomado e retórico legado oficial com que nos entulham as Academias”.

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