A Montanha Que Devemos Conquistar

Em A montanha que devemos conquistar: reflexões acerca do Estado, István Mészáros se inscreve numa longa tradição do marxismo quanto ao Estado, dialogando de modo específico com ela.


No amplo trajeto de debates políticos e teóricos sobre o Estado, já em Marx a questão surge como central, na medida em que, pelo campo político estatal, passam não apenas eventuais correias de transmissão da reprodução capitalista, mas é, ele próprio, uma das estruturas fulcrais de tal sociabilidade. No entanto, quando se caminha para além de Marx, o itinerário do marxismo quanto ao tema começa a multiplicar suas rotas. Em Engels surgem leituras que influenciaram sobremaneira os rumos dos movimentos políticos e sociais desde então. Lenin dedica talvez a maior parte de sua reflexão teórica sistemática ao tema do Estado, e, a partir daí, o século XX conheceu um rico debate entre correntes não só divergentes como opostas.
Diferentes vias de tomada do poder político e mesmo interpretações peculiares dos mecanismos de transição ao socialismo levam a posições tanto teóricas quanto práticas revolucionárias ou reformistas, mantenedoras ou extintoras do Estado.
Nesta nova obra, Mészáros abre seu caminho conceitual e reflexivo sobre o Estado. Investe contra as tradicionais visões legitimadoras da política estatal e também contra aquelas que se pretendem críticas mas que apenas fazem por reconfigurar o fundamental das mesmas posições políticas anteriores. A montanha a que Mészáros se refere como alvo a ser conquistado não é apenas o Estado e o campo político, mas a totalidade da sociabilidade capitalista. Por isso, para armar sua reflexão, reconstitui leituras teóricas já estabelecidas e alternativas políticas do presente. O autor tanto investe no tema do Estado, a partir da crise estrutural do capitalismo de hoje, quanto repassa seu próprio horizonte conceitual geral, que vem forjando e trabalhando há décadas.
No campo marxista, que conheceu, nas últimas décadas, reflexões como as de Nicos Poulantzas, Joachim Hirsch ou as do derivacionismo, do regulacionismo e da crítica do valor, a leitura sobre o Estado de Mészáros procede de modo singular. Seu alinhavo, a partir da crítica de questões como as propostas por Hegel e de sua base filosófica, de matriz lukacsiana, compõe um quadro de erudição com problematizações inerentes, como a da ordem sociometabólica, e horizontes de intervenção bastante insignes.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

A Montanha Que Devemos Conquistar

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog