Trabalhadores, Uni-vos!

Esta preciosa antologia política organizada por Marcello Musto, de manifestos, documentos e intervenções da AIT – Associação Internacional dos Trabalhadores (1864-1877), a “primeira” Internacional –, é uma excelente maneira de brindar aos seus 150 anos de fundação.


É bem-vinda e oportuna porque repõe um dos episódios de maior vitalidade da práxis histórica dos trabalhadores do século XIX nestes dias de profunda desorganização, depressão ideológica e submissão do trabalho ao capital.
Reproduzindo o debate das diversas correntes de pensamento do movimento dos trabalhadores, esta publicação desintoxica, oxigena e municia corações e mentes à compreensão e ao enfrentamento das mazelas do presente e dos desafios futuros do mundo do trabalho.
A escolha dos textos – grande parte inédita no Brasil – que compõem o volume apresenta pelo menos três eixos fundamentais.
O primeiro recai no desenho econômico e político organizativo da futura sociedade projetado pelos protagonistas da AIT. O segundo trata das questões internacionais no conturbado contexto europeu das décadas de 1860 e 1870, em um século marcado por guerras de libertação nacional e movimentos insurrecionais (Irlanda e Polônia), de guerra civil (Estados Unidos), de guerra entre nações (franco-prussiana) e da primeira revolução proletária (Comuna de Paris). E, finalmente, o terceiro eixo, a questão política, das suas formas, do debate entre a luta engajada e o abstencionismo, do fim do Estado.
Surgem ainda outros temas de relevância, como a organização e a forma da luta sindical, o crédito, o cooperativismo, a propriedade coletiva, a questão fundiária, o direito ou a abolição de herança, o internacionalismo e o nacionalismo.
Diante dessa extensa pauta, expressando seu caráter de federações de organizações e movimentos, tomam postos na tribuna da AIT e animam o debate tradeunionistas, owenistas, marxistas, bakuninistas, blanquistas, mazzinistas, proudhonianos, entre outros.
Nesse ponto, expondo as manifestações de um leque amplo de militantes, esta antologia se diferencia daquelas vinculadas a uma certa ortodoxia, que viam a AIT não como trabalho coletivo, mas como exclusivamente restrita à figura e à participação de Marx, interrompida em 1872.

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Reproduzindo o debate das diversas correntes de pensamento do movimento dos trabalhadores, esta publicação desintoxica, oxigena e municia corações e mentes à compreensão e ao enfrentamento das mazelas do presente e dos desafios futuros do mundo do trabalho.
A escolha dos textos – grande parte inédita no Brasil – que compõem o volume apresenta pelo menos três eixos fundamentais.
O primeiro recai no desenho econômico e político organizativo da futura sociedade projetado pelos protagonistas da AIT. O segundo trata das questões internacionais no conturbado contexto europeu das décadas de 1860 e 1870, em um século marcado por guerras de libertação nacional e movimentos insurrecionais (Irlanda e Polônia), de guerra civil (Estados Unidos), de guerra entre nações (franco-prussiana) e da primeira revolução proletária (Comuna de Paris). E, finalmente, o terceiro eixo, a questão política, das suas formas, do debate entre a luta engajada e o abstencionismo, do fim do Estado.
Surgem ainda outros temas de relevância, como a organização e a forma da luta sindical, o crédito, o cooperativismo, a propriedade coletiva, a questão fundiária, o direito ou a abolição de herança, o internacionalismo e o nacionalismo.
Diante dessa extensa pauta, expressando seu caráter de federações de organizações e movimentos, tomam postos na tribuna da AIT e animam o debate tradeunionistas, owenistas, marxistas, bakuninistas, blanquistas, mazzinistas, proudhonianos, entre outros.
Nesse ponto, expondo as manifestações de um leque amplo de militantes, esta antologia se diferencia daquelas vinculadas a uma certa ortodoxia, que viam a AIT não como trabalho coletivo, mas como exclusivamente restrita à figura e à participação de Marx, interrompida em 1872.

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