Aproximações: O Pensamento De Emmanuel Levinas Em Diálogo

Gregory Rial (Org.) - Aproximações: O Pensamento De Emmanuel Levinas Em Diálogo

Proximidade é uma palavra central nos escritos de Emmanuel Levinas – este filósofo lituano radicado na França que fez transbordar a filosofia na direção do Outro por meio de um pensamento sofisticado e denso.

Nos últimos anos, talvez pelas exigências da conjuntura social e política, e ainda pela necessidade de se refrescar a Academia com outras formas de pensar, Levinas tem sido lido e relido, interpretado e traduzido numa dinâmica que extrapola os trabalhos acadêmicos da área da filosofia e que o coloca próximo de outros pensadores e áreas do conhecimento.

Atualmente, muitos dos estudos levinasianos são desenvolvidos em outras ciências humanas para-lá da filosofia: nas letras, o forte apelo à literatura como algo já para-outrem; na comunicação, toda a discussão sobre o rosto e a imagem que se pode produzir do Rosto do Outro; no direito, a busca pela fundamentação ética da justiça.

E mesmo na filosofia, já existem muitas tentativas de aproximar o pensamento da alteridade de outros filósofos – contemporâneos, modernos, medievais e antigos – fazendo um verdadeiro diálogo filosófico.

A versatilidade do pensamento de Levinas o coloca em constante proximidade com Outros e é nesta versatilidade que os textos desta coletânea transitam.

Felipe Baragnolo, por exemplo, traz o pensamento de Marion para dialogar com Levinas sobre a concretude da vida que excede a compreensão da intuição categorial husserliana.

Já no texto “O Dizer em negociação”, procuro abordar a relação quiasmática do pensamento de Levinas com o de Derrida – relação esta que produz uma torsão na escritura filosófica levinasiana e que converte o sentido de suas investigações.

Já Diogo Villas Bôas Aguiar analisa a viragem ética da filosofia e suas implicações jurídicas abrindo o pensamento de Levinas para inspirar a teoria jurídica.

Na mesma direção, José Ricardo da Cunha estabelece o amor e a justiça de que fala Levinas em suas obras como paradigma hermenêutico para se fundamentar o Direito.

Ainda neste âmbito, Felipe Rodolfo de Carvalho analisa a questão dos Direitos Humanos sob a luz do humanismo do Outro homem nascido da filosofia levinasiana.

Ângela Salgueiro Marques e Luis Mauro Sá Martino escrevem sobre a sobrevivência do Rosto entre a ética e a política, fazendo Levinas dialogar com outros pensadores políticos, como é o caso de Judith Butler.

A rica exposição de Frederico da Cruz Vieira trata do Rosto nas imagens num fecundo diálogo com o pensamento de Didi-Huberman pela ótica da teoria da Comunicação.

E, por fim, Nilo Ribeiro Junior explora a literatura de Guimarães Rosa procurando cavar uma antropologia da carne para além do Ser.

Filosofia, Direito, Comunicação, Política e Literatura – será que estas grandes áreas do conhecimento darão conta de circunscrever o pensamento do Infinito que Levinas nos legou?

Ou elas não seriam a possibilidade do para-lá, da excedência do discurso filosófico que se põe frente a frente com outras linhas do pensar? Esperamos que a leitura deste livro possa produzir mais diálogos e alterar os pensamentos e saberes pela proximidade.

 

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Aproximações: O Pensamento De Emmanuel Levinas Em Diálogo

Gregory Rial (Org.) – Aproximações: O Pensamento De Emmanuel Levinas Em Diálogo

Proximidade é uma palavra central nos escritos de Emmanuel Levinas – este filósofo lituano radicado na França que fez transbordar a filosofia na direção do Outro por meio de um pensamento sofisticado e denso.

Nos últimos anos, talvez pelas exigências da conjuntura social e política, e ainda pela necessidade de se refrescar a Academia com outras formas de pensar, Levinas tem sido lido e relido, interpretado e traduzido numa dinâmica que extrapola os trabalhos acadêmicos da área da filosofia e que o coloca próximo de outros pensadores e áreas do conhecimento.

Atualmente, muitos dos estudos levinasianos são desenvolvidos em outras ciências humanas para-lá da filosofia: nas letras, o forte apelo à literatura como algo já para-outrem; na comunicação, toda a discussão sobre o rosto e a imagem que se pode produzir do Rosto do Outro; no direito, a busca pela fundamentação ética da justiça.

E mesmo na filosofia, já existem muitas tentativas de aproximar o pensamento da alteridade de outros filósofos – contemporâneos, modernos, medievais e antigos – fazendo um verdadeiro diálogo filosófico.

A versatilidade do pensamento de Levinas o coloca em constante proximidade com Outros e é nesta versatilidade que os textos desta coletânea transitam.

Felipe Baragnolo, por exemplo, traz o pensamento de Marion para dialogar com Levinas sobre a concretude da vida que excede a compreensão da intuição categorial husserliana.

Já no texto “O Dizer em negociação”, procuro abordar a relação quiasmática do pensamento de Levinas com o de Derrida – relação esta que produz uma torsão na escritura filosófica levinasiana e que converte o sentido de suas investigações.

Já Diogo Villas Bôas Aguiar analisa a viragem ética da filosofia e suas implicações jurídicas abrindo o pensamento de Levinas para inspirar a teoria jurídica.

Na mesma direção, José Ricardo da Cunha estabelece o amor e a justiça de que fala Levinas em suas obras como paradigma hermenêutico para se fundamentar o Direito.

Ainda neste âmbito, Felipe Rodolfo de Carvalho analisa a questão dos Direitos Humanos sob a luz do humanismo do Outro homem nascido da filosofia levinasiana.

Ângela Salgueiro Marques e Luis Mauro Sá Martino escrevem sobre a sobrevivência do Rosto entre a ética e a política, fazendo Levinas dialogar com outros pensadores políticos, como é o caso de Judith Butler.

A rica exposição de Frederico da Cruz Vieira trata do Rosto nas imagens num fecundo diálogo com o pensamento de Didi-Huberman pela ótica da teoria da Comunicação.

E, por fim, Nilo Ribeiro Junior explora a literatura de Guimarães Rosa procurando cavar uma antropologia da carne para além do Ser.

Filosofia, Direito, Comunicação, Política e Literatura – será que estas grandes áreas do conhecimento darão conta de circunscrever o pensamento do Infinito que Levinas nos legou?

Ou elas não seriam a possibilidade do para-lá, da excedência do discurso filosófico que se põe frente a frente com outras linhas do pensar? Esperamos que a leitura deste livro possa produzir mais diálogos e alterar os pensamentos e saberes pela proximidade.

 

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