Universidade E Movimentos Sociais

Se entendermos os movimentos sociais como ações coletivas com uma dimensão político-ideológica de mudança podemos considerar que a própria universidade pode fazer parte de um movimento social, especificamente orientado pela busca do conhecimento crítico e de sua imbricação/implicação social.


É preciso considerar que a universidade está organizada por normas estabelecidas por lei, estatutos, regulamentos, mas também mobilizada por seus membros, tanto internamente como para salários, critérios de progressão, aperfeiçoamento, como pela expressão de ideias, posicionamentos, engajamentos em lutas sociais e na pesquisa e ensino críticos e comprometidos com a mudança da ordem estabelecida.
Sua dinâmica envolve lutas corporativas, sindicais, ideológicas que articulam campos de luta, com envolvimentos em disputas por cargos, por posições ideológicas, por recursos, bem como envolve lutas por transformações sociais.
Os coletivos se posicionam na vida acadêmica em várias instâncias, tanto nos instâncias internas, como na esfera pública. Embora a universidade esteja instituída de forma pública ou privada, sua dinâmica instituinte possibilita formas de inserção na polis, ou seja, na construção da cidadania, por meio da educação coletiva, da formação de atores sociais, de preparação técnico-científica e de envolvimento nas práticas e mobilizações de transformação da ordem estabelecida.
Os movimentos sociais se configuram diferentemente no contexto socioeconômico, político e cultural e nos espaços públicos, sejam democráticos ou autoritários, implicando a mobilização da sociedade e da política simultaneamente. Sociedade e política se imbricam nos movimentos sociais, pois os atores que se põem em marcha se tornam força, isto é, defendem interesses, propostas e projetos de grupos específicos ou de maneira mais ampliada, agregando um segmento significativo de pessoas na esfera pública, articulando proposições de mudança ou de opiniões que envolvem a vida comum em sociedade.
Nessa perspectiva, pode haver movimentos contra ou a favor de um governo, de uma visão moral do mundo, de uma ação política do Estado, de mais ou menos inclusão de grupos sociais em direitos reconhecidos.
É no contexto democrático do pós segunda guerra mundial que se ampliam as manifestações da sociedade e da política ocidentais, com a participação cada vez maior no direito de voto. As ditaduras restringiram ou anularam o direito de voto e de expressão dos conflitos sociais por meio das organizações.

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Se entendermos os movimentos sociais como ações coletivas com uma dimensão político-ideológica de mudança podemos considerar que a própria universidade pode fazer parte de um movimento social, especificamente orientado pela busca do conhecimento crítico e de sua imbricação/implicação social.
É preciso considerar que a universidade está organizada por normas estabelecidas por lei, estatutos, regulamentos, mas também mobilizada por seus membros, tanto internamente como para salários, critérios de progressão, aperfeiçoamento, como pela expressão de ideias, posicionamentos, engajamentos em lutas sociais e na pesquisa e ensino críticos e comprometidos com a mudança da ordem estabelecida.
Sua dinâmica envolve lutas corporativas, sindicais, ideológicas que articulam campos de luta, com envolvimentos em disputas por cargos, por posições ideológicas, por recursos, bem como envolve lutas por transformações sociais.
Os coletivos se posicionam na vida acadêmica em várias instâncias, tanto nos instâncias internas, como na esfera pública. Embora a universidade esteja instituída de forma pública ou privada, sua dinâmica instituinte possibilita formas de inserção na polis, ou seja, na construção da cidadania, por meio da educação coletiva, da formação de atores sociais, de preparação técnico-científica e de envolvimento nas práticas e mobilizações de transformação da ordem estabelecida.
Os movimentos sociais se configuram diferentemente no contexto socioeconômico, político e cultural e nos espaços públicos, sejam democráticos ou autoritários, implicando a mobilização da sociedade e da política simultaneamente. Sociedade e política se imbricam nos movimentos sociais, pois os atores que se põem em marcha se tornam força, isto é, defendem interesses, propostas e projetos de grupos específicos ou de maneira mais ampliada, agregando um segmento significativo de pessoas na esfera pública, articulando proposições de mudança ou de opiniões que envolvem a vida comum em sociedade.
Nessa perspectiva, pode haver movimentos contra ou a favor de um governo, de uma visão moral do mundo, de uma ação política do Estado, de mais ou menos inclusão de grupos sociais em direitos reconhecidos.
É no contexto democrático do pós segunda guerra mundial que se ampliam as manifestações da sociedade e da política ocidentais, com a participação cada vez maior no direito de voto. As ditaduras restringiram ou anularam o direito de voto e de expressão dos conflitos sociais por meio das organizações.

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