
Entre O Saber E O Fazer assume o compromisso ético de relacionar a representação dos discursos sobre integração curricular na Educação Profissional Brasileira com os modos de intervenção, na tentativa de romper com a dualidade estrutural estabelecida na educação brasileira, composta por dois sistemas educacionais: um, para preparar aqueles que vão dirigir a sociedade; outro, rápido, para aqueles que não podem perder tempo na escola, destinados ao ofício do trabalho.
Atrelado a esse compromisso, também assume a função social de refletir sobre o(s) modo(s) de constituição dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, em sua especificidade e particularidade de enunciar a integração curricular a partir da polêmica em torno do conceito de politecnia, com o compromisso de intervenção neste universo discursivo dos IF’s para a universalização de uma Educação Básica que se desenvolva tecnologicamente e profissionalmente para ser, ao mesmo tempo, a base da cidadania e a base de todas as profissões.
Dessa forma, Entre O Saber E O Fazer realiza um estudo bibliográfico que busca algumas produções teóricas de autores que estudaram conceitos centrais como trabalho e educação e sua consequente implicação no processo de produção dos discursos sobre integração curricular na Educação Profissional Brasileira, a partir do conceito de politecnia, considerando os movimentos históricos e políticos da educação profissional na educação brasileira. Partindo destas leituras, realiza-se análise documental da legislação que se segue à LDBEN nº 9.394/1996, especialmente: o Decreto nº 2.208/1997, que normatiza a Educação Profissional de Nível Técnico; o Decreto nº 5.154/2004, que retornou com a oferta da Educação Profissional Técnica de Nível Médio integrada ao Ensino Médio; a Lei nº 11.741/2008, que integra as ações da Educação Profissional Técnica de Nível Médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica; e a Lei nº 11.892/2008, que institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, a partir do reordenamento das instituições federais de Educação Tecnológica existentes no país e da criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.











