Rumo À Estação Finlândia

Edmund Wilson - Rumo À Estação Finlândia

Rumo À Estação Finlândia é um estudo sobre os homens que fizeram a História. Ou um estudo sobre os homens que escreveram a História. Ou ambos. Como disse Gore Vidal, o gênio especial de Wilson estava em estabelecer mais conexões entre vários campos do conhecimento do que qualquer outro crítico do seu tempo.
Somente um homem com a estatura intelectual de Wilson seria capaz de empreender a construção de uma obra da abrangência de Rumo à Estação Finlândia, um livro impossível de ser enquadrado em uma só categoria, capaz de agradar tanto a um especialista quanto a um não-iniciado.


Enquanto amplia e problematiza o estudo da revolução soviética, Wilson desenvolve, como pano de fundo, uma trama em que personagens históricas, suas vidas, suas ideias e suas práticas compõem um todo complexo e contraditório, dinâmico e envolvente.
Para contar a história da Revolução Russa, ocorrida em 1917, Wilson toma o leitor pelos sentidos e pela razão e o leva até o século 19. É lá que o autor inicia a narrativa a partir de uma espécie de perfil intelectual de Jules Michelet, um jovem e inquieto professor preocupado com as questões históricas, assim como com o momento em que vive.
Desse modo, e justamente por ser tão óbvio, o jornalista realiza algo que parece um ultraje às histórias malcontadas das guerras e dos conflitos armados de nosso tempo. Edmund Wilson contextualiza e constrói um cenário a fim de ambientar o leitor em um período distinto do presente e com suas particularidades.
É interessante observar que o jornalista, a despeito da contextualização, não busca exemplos simples ou rasteiros para apresentar sua narrativa. Longe de ser descaso, trata-se, muito mais, de uma opção de estilo e, sobretudo, de uma questão de princípios.
Sua homenagem ao "respeitável público" se dava no âmbito da escrita, sempre elegante, como se fosse um atleta em plena forma, jogando com a cabeça erguida (Wilson jamais recorreria a uma metáfora como essa, mas, enfim, este resenhista não é Wilson...). Assim, antes de ser burocrático, o autor opta por um gênero mais derramado e informal, sem se despreocupar com a pesquisa e com a estrutura temática bem encadeada.

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Edmund Wilson – Rumo À Estação Finlândia

Rumo À Estação Finlândia é um estudo sobre os homens que fizeram a História. Ou um estudo sobre os homens que escreveram a História. Ou ambos. Como disse Gore Vidal, o gênio especial de Wilson estava em estabelecer mais conexões entre vários campos do conhecimento do que qualquer outro crítico do seu tempo.
Somente um homem com a estatura intelectual de Wilson seria capaz de empreender a construção de uma obra da abrangência de Rumo à Estação Finlândia, um livro impossível de ser enquadrado em uma só categoria, capaz de agradar tanto a um especialista quanto a um não-iniciado.
Enquanto amplia e problematiza o estudo da revolução soviética, Wilson desenvolve, como pano de fundo, uma trama em que personagens históricas, suas vidas, suas ideias e suas práticas compõem um todo complexo e contraditório, dinâmico e envolvente.
Para contar a história da Revolução Russa, ocorrida em 1917, Wilson toma o leitor pelos sentidos e pela razão e o leva até o século 19. É lá que o autor inicia a narrativa a partir de uma espécie de perfil intelectual de Jules Michelet, um jovem e inquieto professor preocupado com as questões históricas, assim como com o momento em que vive.
Desse modo, e justamente por ser tão óbvio, o jornalista realiza algo que parece um ultraje às histórias malcontadas das guerras e dos conflitos armados de nosso tempo. Edmund Wilson contextualiza e constrói um cenário a fim de ambientar o leitor em um período distinto do presente e com suas particularidades.
É interessante observar que o jornalista, a despeito da contextualização, não busca exemplos simples ou rasteiros para apresentar sua narrativa. Longe de ser descaso, trata-se, muito mais, de uma opção de estilo e, sobretudo, de uma questão de princípios.
Sua homenagem ao “respeitável público” se dava no âmbito da escrita, sempre elegante, como se fosse um atleta em plena forma, jogando com a cabeça erguida (Wilson jamais recorreria a uma metáfora como essa, mas, enfim, este resenhista não é Wilson…). Assim, antes de ser burocrático, o autor opta por um gênero mais derramado e informal, sem se despreocupar com a pesquisa e com a estrutura temática bem encadeada.

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