Essencial Sociologia

A sociologia representa, como poucas áreas do conhecimento, a autoconsciência “científica” da modernidade. Tendo nascido para explicar as radicais transformações que vinham formando o mundo do século XIX, ela se tornou o referencial por excelência para a compreensão da sociedade e de suas mudanças desde então.
O êxito da disciplina deve-se à capacidade de destacar, do inesgotável leque de elementos da realidade, dimensões e conceitos de significado crucial, tais como vida, processo e ação social.


Coube aos clássicos da sociologia, reunidos nesta coletânea, formular uma gramática da vida em sociedade, que se presta tanto à especialidade acadêmica quanto ao conhecimento geral presente em diversas áreas profissionais, como direito, ciências biomédicas e educação, entre outras.
A presente edição mitiga a ideia de uma tríade de pais fundadores em favor de uma maior pluralidade dos clássicos, com a inclusão de Georg Simmel ao lado de Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. Também foram selecionados textos ainda pouco incorporados aos programas introdutórios da disciplina, além de outros já consagrados, alguns em novas traduções.

Afinal, não são clássicas justamente as teorias que, apesar de tudo, não envelheceram como teoria e por isso ainda têm muito a nos dizer?
Esse é justamente um dos argumentos propostos pelo sociólogo norte-americano Jeffrey Alexander em defesa dos clássicos da disciplina. Para ele, é em virtude da importância do discurso, já que não temos uma linguagem codificada de antemão, como a matemática nas ciências físicas, que a teoria se mostra tão polivalente na sociologia.
E por esse mesmo motivo não poderíamos prescindir dos clássicos, pois justamente eles permitem que a discordância endêmica na disciplina, dadas as diferentes perspectivas que a constituem, seja possível de modo produtivo, coerente e duradouro. Como uma gramática, os clássicos nos dariam uma base comum para que a interlocução seja possível e faça sentido para todos que dela participam.
Eles ainda facilitam a discussão teórica, uma vez que propiciam que um pequeno número de obras substitua as incontáveis formulações produzidas no curso da vida intelectual contingente. Falando nos termos dos clássicos, argumenta Alexander, “podemos ficar relativamente seguros de que nossos receptores pelo menos saberão do que estamos falando, ainda que não reconheçam em nossa discussão sua própria posição particular e única”.

   

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Coube aos clássicos da sociologia, reunidos nesta coletânea, formular uma gramática da vida em sociedade, que se presta tanto à especialidade acadêmica quanto ao conhecimento geral presente em diversas áreas profissionais, como direito, ciências biomédicas e educação, entre outras.
A presente edição mitiga a ideia de uma tríade de pais fundadores em favor de uma maior pluralidade dos clássicos, com a inclusão de Georg Simmel ao lado de Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. Também foram selecionados textos ainda pouco incorporados aos programas introdutórios da disciplina, além de outros já consagrados, alguns em novas traduções.

Afinal, não são clássicas justamente as teorias que, apesar de tudo, não envelheceram como teoria e por isso ainda têm muito a nos dizer?
Esse é justamente um dos argumentos propostos pelo sociólogo norte-americano Jeffrey Alexander em defesa dos clássicos da disciplina. Para ele, é em virtude da importância do discurso, já que não temos uma linguagem codificada de antemão, como a matemática nas ciências físicas, que a teoria se mostra tão polivalente na sociologia.
E por esse mesmo motivo não poderíamos prescindir dos clássicos, pois justamente eles permitem que a discordância endêmica na disciplina, dadas as diferentes perspectivas que a constituem, seja possível de modo produtivo, coerente e duradouro. Como uma gramática, os clássicos nos dariam uma base comum para que a interlocução seja possível e faça sentido para todos que dela participam.
Eles ainda facilitam a discussão teórica, uma vez que propiciam que um pequeno número de obras substitua as incontáveis formulações produzidas no curso da vida intelectual contingente. Falando nos termos dos clássicos, argumenta Alexander, “podemos ficar relativamente seguros de que nossos receptores pelo menos saberão do que estamos falando, ainda que não reconheçam em nossa discussão sua própria posição particular e única”.

   

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