Viver Junto Na América Latina

Viver Junto Na América Latina reúne estudos que se propõem, na contemporaneidade, a olhar para a literatura latino-americana através de seus vínculos.

Tratar do espaço americano nos tempos atuais exige, para além das discussões de fronteiras e territórios, pensar as comunidades literárias enquanto espaço simbólico de trocas e interações.

Viver Junto Na América Latina pretende reunir estudos que se propõem, na contemporaneidade, a olhar para a literatura latino-americana através de seus vínculos, trânsitos, contatos, convivências entendendo o viver juntos e o deslocamento como traços compositivos da heterogeneidade que nos caracteriza.

Os textos reunidos EM Viver Junto Na América Latina estabelecem, através do pensar pela convivência, pelo contato, pelos trânsitos e deslocamentos, possibilidades para se discutir contemporaneamente a América Latina. Tratar do espaço americano nos tempos atuais exige, para além das discussões de fronteiras e territórios, pensar as comunidades literárias enquanto espaço simbólico de trocas e interações.

Nesse sentido, o imaginário da mobilidade suscita novas percepções espaciais e as representações artísticas projetam a presença do alheio na zona do próprio, bem como uma convivência que pode ser mais bem compreendida através do pensamento de Roland Barthes. Em Como Viver Junto: Simulações Romanescas de Alguns Espaços Cotidianos, conjunto de aulas proferidas no Collège de France entre 1976-1977, Barthes aponta que para que haja uma integração sólida entre os membros de uma comunidade, eles devem desenvolver, de forma simultânea, o desejo da integração e o desejo da distância – isto é, “viver ao mesmo tempo em companhia e em liberdade”.

A partir da necessidade de colocar em convivência uma América diversa, paradigmáticas proposições acerca do pensar-nos juntos na América Latina existem, de maneira articulada e em forma de projeto dentro da área literária, desde os anos de 1960. Ángel Rama nesta década acreditava, como lembra Antonio Candido no texto “Uma Visão Latino-Americana”, que o intelectual latino-americano deveria voltar-se para o conhecimento e o intercâmbio com os países da América Latina, tarefa posta em prática por ele através de inúmeras atividades e investidas teóricas, sem deixar de destacar adequadamente o Brasil dentro do conjunto.

Antonio Candido também, sem menos importância, dedicou-se nos anos de 1970 a este projeto articulando, por exemplo, um periódico com o mesmo perfil, a revista de cultura Argumento, que se abria a colaborações de outras terras, notadamente as do continente. E para completar a tríade que se notabilizou através da difusão do latino-americanismo nas letras, há que considerar a figura de Antonio Cornejo Polar que desde o Peru, entre outras atividades, coordenava a Revista de Crítica Literária Latinoamericana.

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Viver Junto Na América Latina pretende reunir estudos que se propõem, na contemporaneidade, a olhar para a literatura latino-americana através de seus vínculos, trânsitos, contatos, convivências entendendo o viver juntos e o deslocamento como traços compositivos da heterogeneidade que nos caracteriza.

Os textos reunidos EM Viver Junto Na América Latina estabelecem, através do pensar pela convivência, pelo contato, pelos trânsitos e deslocamentos, possibilidades para se discutir contemporaneamente a América Latina. Tratar do espaço americano nos tempos atuais exige, para além das discussões de fronteiras e territórios, pensar as comunidades literárias enquanto espaço simbólico de trocas e interações.

Nesse sentido, o imaginário da mobilidade suscita novas percepções espaciais e as representações artísticas projetam a presença do alheio na zona do próprio, bem como uma convivência que pode ser mais bem compreendida através do pensamento de Roland Barthes. Em Como Viver Junto: Simulações Romanescas de Alguns Espaços Cotidianos, conjunto de aulas proferidas no Collège de France entre 1976-1977, Barthes aponta que para que haja uma integração sólida entre os membros de uma comunidade, eles devem desenvolver, de forma simultânea, o desejo da integração e o desejo da distância – isto é, “viver ao mesmo tempo em companhia e em liberdade”.

A partir da necessidade de colocar em convivência uma América diversa, paradigmáticas proposições acerca do pensar-nos juntos na América Latina existem, de maneira articulada e em forma de projeto dentro da área literária, desde os anos de 1960. Ángel Rama nesta década acreditava, como lembra Antonio Candido no texto “Uma Visão Latino-Americana”, que o intelectual latino-americano deveria voltar-se para o conhecimento e o intercâmbio com os países da América Latina, tarefa posta em prática por ele através de inúmeras atividades e investidas teóricas, sem deixar de destacar adequadamente o Brasil dentro do conjunto.

Antonio Candido também, sem menos importância, dedicou-se nos anos de 1970 a este projeto articulando, por exemplo, um periódico com o mesmo perfil, a revista de cultura Argumento, que se abria a colaborações de outras terras, notadamente as do continente. E para completar a tríade que se notabilizou através da difusão do latino-americanismo nas letras, há que considerar a figura de Antonio Cornejo Polar que desde o Peru, entre outras atividades, coordenava a Revista de Crítica Literária Latinoamericana.

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