Brasília: Do Projeto Hegeliano Ao Espaço Da Acumulação

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Na primeira parte, a construção de Brasília é analisada do ponto de vista da racionalidade que fundamenta o plano urbanístico, o projeto de transferência da capital e o programa de modernização do Estado no Brasil. Nesse momento são postos em destaque os planos de identidade que essa racionalidade mantém com a filosofia e o pensamento hegelianos. É nesse plano que a teleologia hegeliana transforma-se em projeto de finalização da história, tendo o espaço urbano de Brasília como símbolo maior, produto e condição de realização desse projeto (sempre incompleto). Trata-se, pois, de um projeto de constituição de uma hegemonia estatista que se consolida no domínio efetivo do espaço (e do território). A imposição dessa racionalidade tem, portanto, na produção e na organização do espaço um de seus elementos estruturantes. A produção de um espaço racional, lógico e “higiênico” faz parte da “lisibilidade” das normas e da ordem que são próprias da dominação do Estado. Ao mesmo tempo, a promoção dessa ordem é avessa ao diferente e às contradições e somente se realiza a partir da aniquilação dos diversos conteúdos sociais e históricos que não se coadunam ao projeto. É nesses termos que o esforço de finalização da história carrega consigo um elevado teor de violência e aniquila os conteúdos do espaço social. Esse esvaziamento advém de um esforço de substituição da história pela lógica, de um esforço de superação que essa racionalidade executa sobre o movimento contraditório da história. O espaço “quase pura lógica” de Brasília carrega esse sentido.

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capa_brasilia-do-projeto-hegelianoNa primeira parte, a construção de Brasília é analisada do ponto de vista da racionalidade que fundamenta o plano urbanístico, o projeto de transferência da capital e o programa de modernização do Estado no Brasil. Nesse momento são postos em destaque os planos de identidade que essa racionalidade mantém com a filosofia e o pensamento hegelianos. É nesse plano que a teleologia hegeliana transforma-se em projeto de finalização da história, tendo o espaço urbano de Brasília como símbolo maior, produto e condição de realização desse projeto (sempre incompleto). Trata-se, pois, de um projeto de constituição de uma hegemonia estatista que se consolida no domínio efetivo do espaço (e do território). A imposição dessa racionalidade tem, portanto, na produção e na organização do espaço um de seus elementos estruturantes. A produção de um espaço racional, lógico e “higiênico” faz parte da “lisibilidade” das normas e da ordem que são próprias da dominação do Estado. Ao mesmo tempo, a promoção dessa ordem é avessa ao diferente e às contradições e somente se realiza a partir da aniquilação dos diversos conteúdos sociais e históricos que não se coadunam ao projeto. É nesses termos que o esforço de finalização da história carrega consigo um elevado teor de violência e aniquila os conteúdos do espaço social. Esse esvaziamento advém de um esforço de substituição da história pela lógica, de um esforço de superação que essa racionalidade executa sobre o movimento contraditório da história. O espaço “quase pura lógica” de Brasília carrega esse sentido.pdf

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