A Ironia E Suas Refrações

A Ironia E Suas Refrações almeja o estudo dos discursos caracterizados pela ambiguidade, mais especificamente, a ironia, a paródia e o riso. Como qualquer ato de comunicação, tais discursos propõem sempre um ponto de vista.

Assim, seja de um modo mais impositivo, seja de um mais liberal, a ironia, a paródia e o riso veiculam suas “verdades”, mas não o fazem de forma explícita. As opiniões sugeridas por tais modalidades caracterizam‑se por serem resultado de uma tensão inerente a esses discursos.
Nesse sentido, existe um embate de vozes dissonantes na estrutura da ironia, da paródia e, ainda, do riso, entendido na presente investigação como fruto de uma incongruência entre o “pensado” e a “realidade concreta”. Para compreender a mensagem ou as ideias veiculadas por essas modalidades de discurso, o sujeito deve perceber a existência de vozes que se chocam na estrutura desses textos.
Essa é, indubitavelmente, a condição fundamental para a concretização da ironia, da paródia e do riso. Sem a participação do sujeito na construção do sentido, essas categorias não existem – pelo menos não enquanto “ironia”, “paródia” e “riso”.
Logo, à medida que convidam o sujeito para colaborar na construção do sentido, esses discursos são vias para instaurar um movimento de reflexão e, consequentemente, de ampliação do conhecimento e da percepção crítica. As categorias que motivam a presente pesquisa são, pois, exigentes, já que convocam o sujeito, valorizando‑o como um ser capaz de assimilar a estrutura contraditória desses discursos por meio do exercício da razão. É realmente significativa a possibilidade de esses discursos alargarem a visão de mundo do sujeito, permitindo que ele acesse outras realidades ou, ainda, que delineie sua própria forma de enxergar e entender a realidade (que pode destoar, e muito, do senso comum ou da concepção da maioria).
Nesse sentido, ao longo dos capítulos, realizamos a análise de cada uma dessas categorias separadamente, e, depois, estudamos as relações entre elas. Vale salientar que, no presente trabalho, a ironia é considerada como base para os acontecimentos da paródia e do riso.
A partir de então, procuramos localizar e examinar as semelhanças entre esses discursos e, ainda, as características específicas a cada um – para, mais à frente, canalizá‑las como suporte para a análise de alguns textos literários (de autoria de Saramago, Calvino e Dostoievski).

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A Ironia E Suas Refrações almeja o estudo dos discursos caracterizados pela ambiguidade, mais especificamente, a ironia, a paródia e o riso. Como qualquer ato de comunicação, tais discursos propõem sempre um ponto de vista. Assim, seja de um modo mais impositivo, seja de um mais liberal, a ironia, a paródia e o riso veiculam suas “verdades”, mas não o fazem de forma explícita. As opiniões sugeridas por tais modalidades caracterizam‑se por serem resultado de uma tensão inerente a esses discursos.
Nesse sentido, existe um embate de vozes dissonantes na estrutura da ironia, da paródia e, ainda, do riso, entendido na presente investigação como fruto de uma incongruência entre o “pensado” e a “realidade concreta”. Para compreender a mensagem ou as ideias veiculadas por essas modalidades de discurso, o sujeito deve perceber a existência de vozes que se chocam na estrutura desses textos.
Essa é, indubitavelmente, a condição fundamental para a concretização da ironia, da paródia e do riso. Sem a participação do sujeito na construção do sentido, essas categorias não existem – pelo menos não enquanto “ironia”, “paródia” e “riso”.
Logo, à medida que convidam o sujeito para colaborar na construção do sentido, esses discursos são vias para instaurar um movimento de reflexão e, consequentemente, de ampliação do conhecimento e da percepção crítica. As categorias que motivam a presente pesquisa são, pois, exigentes, já que convocam o sujeito, valorizando‑o como um ser capaz de assimilar a estrutura contraditória desses discursos por meio do exercício da razão. É realmente significativa a possibilidade de esses discursos alargarem a visão de mundo do sujeito, permitindo que ele acesse outras realidades ou, ainda, que delineie sua própria forma de enxergar e entender a realidade (que pode destoar, e muito, do senso comum ou da concepção da maioria).
Nesse sentido, ao longo dos capítulos, realizamos a análise de cada uma dessas categorias separadamente, e, depois, estudamos as relações entre elas. Vale salientar que, no presente trabalho, a ironia é considerada como base para os acontecimentos da paródia e do riso.
A partir de então, procuramos localizar e examinar as semelhanças entre esses discursos e, ainda, as características específicas a cada um – para, mais à frente, canalizá‑las como suporte para a análise de alguns textos literários (de autoria de Saramago, Calvino e Dostoievski).

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