
Nos últimos 40 anos, o mundo foi assediado por uma pauta liberal radical voltada para a diminuição do Estado (no caso neoliberal) ou para a extinção do Estado (no caso libertariano).
O liberalismo centrista, para usar a expressão de Wallerstein, foi paulatinamente substituído por este liberalismo radical que acirrou formas de relacionamento individualistas, baseadas em uma concepção meritocrática e que têm repercussões graves para a organização das instituições formadoras da juventude.
A política educacional gerada por estes movimentos, testada no Chile, nos Estados Unidos e na Inglaterra, foi agravada pela emergência dos movimentos de extrema-direita que se fortaleceram à medida que o neoliberalismo não conseguiu dar as respostas prometidas ao longo de 40 anos de ensaios.
Esta política, já fracassada em outros países onde nasceu, revela, agora no Brasil, sua real intenção: destruir a escola pública e induzir a sua privatização.
O instrumento para tal são os “vouchers” que transferem o dinheiro público das escolas públicas para as mãos dos pais e os incentiva a procurar gastá-lo no parque educacional privado, sob a falácia de que ele é melhor do que a escola pública.
Diálogos Críticos Vol. II: Reformas Educacionais é ao mesmo tempo uma denúncia e uma análise destes processos que estão em pleno desenvolvimento – especialmente a implantação das Bases Nacionais destinadas a padronizar a educação brasileira – seja o currículo da escola, seja a formação do magistério.

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